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Regulamentação: Inteligência Artificial não é um setor e Autoridade única é um risco

Para Carlos Affonso Souza, do ITS, é preciso entender que a IA transforma os mais diferentes setores da economia. Ele fala ainda da urgência de uma governança centralizada. "Mas isso não significa uma agência reguladora apenas", salienta.

Inteligência Artificial não é um setor e isso precisa ficar muito claro para todos que estão discutindo uma regulamentação, pontua o diretor do ITS, Carlos Affonso Souza (Caff). Segundo ele, a IA transforma os mais diferentes setores passando da agricultura à aviação.

“O que temos de ver é a costura de uma governança centralizada. Mas deixando claro que uma Autoridade única também não resolve. Ela não vai ter a granularidade de conhecimento suficiente. Todos os setores impactados pela IA têm agências reguladoras atuantes”, reforça Carlos Affonso Souza, que participou do 5º Congresso Brasileiro de Internet, organizado pela Abranet, nesta quinta-feira, 22/5, em Brasília.

Caff, como é conhecido no mercado, diz que a Internet apresentou uma partilha de competências que funcionou e funciona muito bem. A grande questão é saber se a IA vai mudar o cenário. “Vamos falar da ANPD. Ela tem papel destacado em proteção de dados. Precisamos saber como vai ser a separação de IA e proteção de dados. IA precisa de dados, mas nem todos os dados que movem a IA são dados pessoais. Como a ANPD vai atuar?”, indaga o especialista.

O diretor do ITS diz que a regulamentação da IA vai mobilizar o Congresso no segundo semestre. Mas Caff adverte: o desenvolvimento tecnológico não espera e gera sempre surpresas. “É só lembrar que a Europa ia soltar sua Lei e surgiu o ChatGPT”. Assista a entrevista.


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