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Dado é um ativo e big data é para resolver problemas reais

Companhias rumam para estabelecerem-se como “data-driven”, ou seja, incorporarem o uso de dados e analytics no dia a dia dos negócios. Um lado bastante explorado pelas organizações é a adoção de modelos analíticos e inteligência artificial (IA) para melhorar a experiência do usuário.

“A indústria, de fato, quando fala em experiência do usuário começa a olhar o dado como ativo”, assinalou Rafael Coronel, diretor na Claro para big data analytics e IA, em painel, durante o SAS Innovate on Tour, evento realizado esta semana em Valinhos (SP), e mediado por Andre Novo, country manager do SAS.

Coronel disse ser contrário a falar que dado é commodity. “Depois das pessoas, o dado é o ativo mais importante que uma empresa e, quando se começa a olhar o dado assim, é uma mudança de paradigma. A experiência do usuário é consequência da forma como você trabalha o dado”, completou o diretor da Claro.

Para tanto, Rafael Cavalcanti, superintendente para ciência de dados do Bradesco, apontou a necessidade de jornadas mais organizadas e usando big data para resolver problemas reais. “Tem de entender dado como ativo e, como ativo, como ele ajuda na experiência do usuário”, ressaltou o executivo.

Isso, completou Felipe Ferrari, diretor de relacionamento na Cogna Educação, leva à personalização. Mas, ele ressaltou, nem todas as jornadas conseguem usar dados de forma mais inteligente para seguir adiante de forma mais organizada. Usando sua própria realidade, o executivo apontou que, em termos de adoção, o setor de educação está atrás na comparação com outros setores, como financeiro e de telecomunicações.


“A pandemia fez todos acelerarem. Imagine colocar 1 milhão de alunos estudando a distância do dia para a noite. Não é tarefa fácil. Os primeiros seis meses foi um susto, fizemos acontecer do jeito que dava, depois investimos mais em jornada e produtos para esta nova realidade”, contou. 

Estrutura

André Novo, country manager do SAS, lembrou que existem muitas instituições que criaram uma estrutura de dados para ser a dona do dado. “Diante disso, como garantir a democratização do acesso ao dado para quem necessite acessá-los?”, questionou.

Para Cavalcanti, este é um debate de cada organização, pois nem sempre a mesma estratégia de dados vai funcionar para todas. “Quando criamos estrutura de data analytics percebemos que só seríamos bem-sucedidos se não fossemos centralizadores”, contou sobre a experiência do Bradesco.

“Não é só questão de tecnologia, têm processos, pessoas…”, acrescentou Ferrari,da Cogna Educação, para quem as áreas tendem a acabar operando de maneiras diversas e criando indicadores, sendo necessário que façam a democratização de fato escalar para todas as áreas da companhia. 

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