Maioria dos players está despreparado para o edge computing
Até 2027, US$ 127 milhões – de um mercado total de US$ 277 milhões – serão investidos em chips e componentes de hardware para dispositivos e sistemas que suportam a computação inteligente de borda, pontua a Bain. A consultoria diz que o momento é uma grande oportunidade, mas a maioria dos players não está totalmente preparada para abordar esse mercado. Dada a velocidade de evolução, as empresas precisam reagir agora para atender à demanda de forma eficaz.
De acordo com a Bain, as companhias terão de ampliar sua capacidade de incorporar software com hardware digital e analógico para fornecer soluções totalmente integradas. A pesquisa da consultoria revela que a integração de hardware e software é o critério de compra mais bem classificado e que os clientes atribuem um NPS (Net Promoter Score℠ – índice criado pela Bain que revela a intenção de um cliente em recomendar uma marca a outras pessoas) mais alto para produtos totalmente integrados. No entanto, ainda é possível melhorar esse índice, especialmente por meio de parcerias ou aquisições certas e do desenvolvimento de capacidades internas.
O levantamento da Bain aponta ainda a necessidade de as empresas reforçarem sua capacidade para avaliar e determinar quais soluções merecem integração total e onde faz mais sentido fornecer parte das soluções, deixando a integração para o cliente ou terceiros.
Conforme os mercados amadurecem, os consumidores podem indicar preferência por soluções abertas que melhor se adaptem às suas necessidades ou ao seu ecossistema de software. Compreender o fator determinante entre digital, analógico ou uma combinação dos dois pode ajudar a definir a melhor oferta para uma determinada aplicação ou cliente. Entender os clientes e suas necessidades também será fundamental, uma vez que, à medida que o mercado amadurece, os clientes podem buscar por mais controle sobre os elementos de uma solução.
Empresas em setores tecnológicos distintos têm diferentes caminhos para o sucesso nesse mercado:
Semicondutores digitais: players digitais e de conectividade devem continuar a atuar na integração de componentes analógicos, fortalecendo a pilha de software integrada e construindo aplicações específicas para diferentes fins.
Players analógicos: ancorar nos pontos fortes analógicos e aproveitar o ecossistema e as parcerias para construir soluções full-stack e recursos de software.
Software: conhecer desenvolvedores em seu ecossistema e adotar padrões crescentes do setor e ofertas de código aberto.
Fabricantes de equipamentos originais: focar em questões estratégicas e casos de uso holísticos, permitindo que fornecedores absorvam a complexidade de hardware e software.
Hyperscalers: reconhecer onde as soluções conectadas à nuvem têm limitações e fazer parceria com fornecedores de hardware.