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Martha Gabriel: Futuro digital não funciona sem humanos

Especialista recomenda sair da mesmice ao pensar o futuro e cita o seu mantra: “Processo, processo meu! Dá para ser mais automatizado do que eu?”

Solange Calvo

Referência internacional em futurismo, inovação e transformação digital, Martha Gabriel, em sua apresentação durante o SAP NOW AI Tour Brazil 2025, que acontece em São Paulo nos dias 19 e 20 de agosto, alertou que não basta “pensar” no futuro, é preciso “criar” o futuro, e essa tarefa é cada vez mais complicada, considerando as mudanças frenéticas que acontecem todos os dias no mundo, fazendo com que as pessoas se concentrem apenas no presente.

Assim, o senso de urgência presente no cotidiano, ela prossegue, só permite que as pessoas se tornem boas em reagir e não em antecipar. “As referências, portanto, são sempre apoiadas no passado e agora precisamos nos transformar.”

O segredo, segundo Martha, é sempre se perguntar, diariamente, o que se pode fazer diferente, sair da mesmice, não se acomodar. Para ajudar nesse processo, ela revela que tem um mantra que recita todos os dias: “Processo, processo meu! Dá para ser mais automatizado do que eu?

Outro caminho para antecipar o futuro é trabalhar com grupos para trocar ideias, conhecimento e informação toda semana. E o pontapé inicial é se perguntar: estamos ocupados com o quê? O que poderíamos começar a fazer? É assim que nos antecipamos às mudanças, conhecemos as regras do jogo e identificamos oportunidades.

O futuro não é único

“Existem vários futuros: de Energia, Finanças, Saúde, Moradia, Sociedade, Empresas, Vida e Humanidade”, garante. E para explorá-los é preciso ter certas habilidades. Entre as elencadas pelo Forum Econômico Mundial, ela destaca o Pensamento Crítico. “Para desenvolvê-lo, é essencial ter ceticismo amável, superação de vieses cognitivos, lógica, argumentação e retórica, repertório e conjunto de valores e atitudes.

Martha dá um recado no final: “Não existe futuro sem colaboração, multidisciplinaridade e inclusão”. Porque somos multigeracional. E o mais importante: “O futuro não é digital, ele é híbrido, porque sempre irá precisar do analógico: os humanos”, tranquiliza.

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