GovernoMercadoSegurança

Ataque Hacker: Gabriel Galípolo admite que se sistemas do BC tivessem sido atingidos, a dimensão seria bem pior

Presidente do BC informou que a instituição roda R$ 8 trilhões por dia. "O que houve foi um incidente de engenharia social. Eles [hackers] tiveram acesso ao recurso de algumas [instituições] através de um provedor de serviços para instituições que são menores”, afirmou.

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, foi taxativo: do ponto de vista da Autoridade Monetária, tudo funcionou no ataque hacker à BM & Software, que desviou pelo menos R$ 1 bilhão, de acordo com a polícia de São Paulo.

“A própria polícia está dizendo assim: esse é um incidente de engenharia social. O que significa isso, ele não é exatamente um ataque hacker tradicional, ou seja, você não enxergou aquilo que a gente chama de ataque de força bruta, que é um ataque de ficar tentando sobrecarregar o sistema com tentativas. Os sistemas estavam íntegros”, disse Galípolo, sendo bastante cauteloso, em entrevista concedida em Brasília.

O presidente do BC revelou que a autoridade monetária roda por dia R$ 8 trilhões. “Se alguém tivesse tido acesso ao sistema do Banco Central, a gente estaria falando de outra dimensão de problema. Eles [hackers] tiveram acesso ao recurso de algumas [instituições] através de um provedor de serviços para instituições que são menores”, disse.

Galípolo, no entanto frisou que é necessário entender ao longo das barreiras o que houve de falha. “É isso que a polícia está investigando hoje”. O presidente do BC admitiu ainda que, nos últimos anos, as instituições de pagamento, banking as a service (BaaS) e fintechs cresceram muito com alguma assimetria em relação à supervisão e regulação na comparação com os bancos. “Evoluímos demais na inovação, mas temos de pensar no arcabouço legal do próprio BC”, completou.


Botão Voltar ao topo