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Demanda por novos centros de P&D triplica e Finep vai ampliar repatriação de pesquisadores

Chamada da Finep e BNDES vai injetar R$ 9 bilhões, frente os R$ 3 bilhões inicialmente previstos em 88 projetos.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Financiadora de Estudos e Projetos divulgaram o resultado da chamada pública para atração, implantação ou expansão de centros de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação (PD&I) no Brasil. Ao todo, foram selecionadas 88 propostas, que somam R$ 10 bilhões em investimentos.

Do total, R$ 8,9 bilhões terão apoio financeiro das duas instituições, por meio de instrumentos como crédito, participação acionária, subvenção econômica e recursos não reembolsáveis para projetos cooperativos entre empresas e instituições tecnológicas. O orçamento inicial da chamada era de R$ 3 bilhões, mas a forte demanda — 618 propostas apresentadas, com R$ 57,4 bilhões em investimentos — levou à ampliação do valor.

O presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, destacou o interesse das empresas na criação de centros de pesquisa. “Esta chamada mostra a grande quantidade de empresas, de vários portes e regiões, interessadas em criar ou aprimorar centros de P&D. Também chama atenção a demanda pela contratação de pesquisadores qualificados, o que ajuda a reter cérebros no país”, disse.

Diante da procura por mestres e doutores, a Finep avalia readequar a chamada de subvenção econômica Conhecimento Brasil, ampliando o apoio não apenas à repatriação, mas também à fixação de pesquisadores em território nacional.

Entre as selecionadas, 27 contemplam centros de PD&I nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, totalizando R$ 4 bilhões em aportes. Outras 27 propostas tratam da criação de novos centros, que mobilizarão R$ 3,4 bilhões. Os projetos também preveem a contratação de 935 pesquisadores qualificados, sendo 572 mestres e 363 doutores.


Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o resultado confirma a eficácia da política industrial do governo. “O resultado, acima do orçamento inicial proposto, comprova o sucesso da política industrial do presidente Lula, que enxergou a ampla demanda por inovação tecnológica no Brasil. O BNDES e a Finep vão buscar linhas de crédito para apoiar outras propostas que, embora não aprovadas, podem ser viabilizadas com maior capacidade de financiamento”, afirmou.

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