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Oracle: Com Redata, Estados se mobilizam por mais desonerações para data centers

Soberania de dados está no foco da Oracle, diz o vice-presidente para o setor público na América Latina, Bento Bueno.

A soberania dos dados está no foco da Oracle, frisou Bento Bueno, vice-presidente para setor público para América Latina, em conversa com jornalistas durante o Oracle AI World, em Las Vegas. “O Clay [Magouyrk, coCEO] ressaltou novamente o nosso compromisso com soberania. Ele usou a expressão em inglês anything, anywhere”, disse o VP, explicando que isso atende aos diferentes graus de soberania, inclusive, de ter os dados fisicamente no país em uma nuvem pública de uma empresa privada ou de os dados estarem dentro de um data center de governo.

“Desde o início, mostramos para o governo o que era possível fazer. A Oracle foi a primeira a trazer regiões de nuvem e viabilizar que elas estejam dentro de data centers de governo atrás dos firewalls e das regras de segurança do governo”, detalhou.

“A Oracle também vem acompanhando e vem melhorando a sua capacidade de trazer essas tecnologias para dentro dos data centers do governo, mas a gente entende que o governo tem que fazer essa adoção e exigir cada vez mais mais do mercado o grau de soberania necessário para que o País possa continuar acelerando a sua transformação digital com autonomia e com segurança e tendo a certeza do grau de soberania necessário para esse tipo de inovação” completou.

Supercomputador

Com relação a supercomputadores, Bento Bueno explicou que a Oracle segue duas abordagens diferentes, uma de criação de supercomputador para vendas destes supercomputadores para ficarem 100% de propriedade do cliente e também tem usado para os seus serviços em nuvem.


“A gente sempre colocou para os diversos atores do governo à disposição a nossa capacidade de entregar como serviços em nuvem toda a capacidade de processamento necessária para que o Brasil possa continuar avançando no uso de IA dentro do governo”, disse. Como exemplo, citou as regiões dedicadas de nuvem da Dataprev e o avanço do Serpro na contratação de nuvem.

IA no funcionalismo

Uma das questões mais debatidas quando se trata de adoção de inteligência artificial é como os funcionalismo público recebe a nova tecnologia. Bueno contou que a recepção de IA pelos funcionalismo público tem vindo acompanhada de um alto grau de investimento.

“Um dos pontos-chave é levar conhecimento para os nossos clientes e para a sociedade como um todo, trazer o conhecimento que hoje é o fator número um para acelerar a inteligência artificial; trata-se de acelerar a capacitação dos profissionais que vão adotar isso. E o governo tem dado passos nessa direção”, assinalou.

Redata

Ao comentar a Medida Provisória (MP) nº 1.318/2025, que institui o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata) no Brasil com objetivo é criar incentivos fiscais para atrair e expandir data centers no Brasil, Bueno afirmou ver o movimento do com muito bons olhos e destacou que quem importa as tecnologias serão impactados.

“Eu acho que o Redata visa colocar o Brasil de forma competitiva no mundo em relação à parte de tributos”, frisou, acrescentando que acha que ainda tem muita coisa para acontecer para poder definir exatamente todos que vão conseguir se beneficiar do Redata.

Também apontou que, ao mesmo tempo em que há um compasso de espera até todas as definições saírem, Estados se movimentam para tentarem também prover uma desoneração de impostos estaduais, que somados ao Redata, coloca o Brasil de novo no mapa dos países mais competitivos — “até porque o Brasil já tem uma das matrizes energéticas mais competitivas do mundo”, apontou.

A expectativa dele é que, assim que tiver aprovação de Redata, já haverá movimentação para importação e uma aceleração de data centers.

Roberta Prescott viajou ao Oracle AI World a convite da Oracle Brasil

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