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TCU: SUS em risco com a falta de pessoal especializado em segurança da informação

Corte de Contas exigiu medidas e deu 30 dias para Ministério da Saúde fazer avaliação detalhada da governança

O Tribunal de Contas da União determinou uma série de medidas para aprimorar a governança e gestão da tecnologia da informação e comunicação pelo Ministério da Saúde.

Segundo o TCU, há avanços, mas também vários desafios que ainda precisam ser superados na Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028, que envolve a Rede Nacional de Dados em Saúde e os programas Conecte SUS, SUS Digital e Informatiza a Atenção Primária à Saúde.

Entre 2020 e 2024, houve uma significativa expansão na informatização das equipes de Atenção Primária à Saúde, que passou de 63,6% para 90,7%.  Além disso, a integração das unidades de saúde à Rede Nacional de Dados em Saúde melhorou, mas ficou aquém das expectativas, com apenas 50,9% das unidades informatizadas até 2024.

A fiscalização também apontou seis pontos críticos, como a inoperância do Comitê Interno de Governança e a ausência de um plano estratégico para o período de 2024 a 2027. A falta de pessoal especializado em segurança da informação e a descontinuidade dos comitês de governança digital também figuram entre os problemas identificados.

Diante disso, o TCU determinou que o Ministério da Saúde, no prazo de 30 dias, apresente uma avaliação detalhada de sua estrutura de governança, esclarecendo o modelo deliberativo adotado e os mecanismos de identificação e tratamento dos riscos que possam comprometer a execução da Estratégia de Saúde Digital.


Além disso, a pasta deve disponibilizar, em seu portal, o Plano Estratégico Institucional 2024-2027 – ou informar a data prevista para sua divulgação – e encaminhar ao Tribunal os fluxos e critérios utilizados para a priorização dos modelos informacionais discutidos no Comitê Gestor de Saúde Digital.

Outras recomendações incluem a elaboração de um estudo que especifique o quantitativo de servidores necessários para a gestão adequada da segurança da informação, bem como a implementação de um programa de conscientização em segurança cibernética destinado aos agentes do Sistema Único de Saúde.

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