Inovação

Associação de Data Centers adverte que é um erro incentivos mirarem apenas a exportação de dados

Segundo ABDC, energia limpa nas ZPEs é bem vinda, mas plano deve focar mercado interno

A Associação Brasileira de Data Centers (ABDC) divulgou nesta terça, 29/7, uma nota para alertar o governo de que as medidas de incentivo aos investimentos nesta infraestrutura no país não pode ser limitadas à exportação de serviços.

Segundo a entidade há distinções fundamentais entre a Medida Provisória 1.307/2025, que estabelece incentivos para energia limpa em Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs), e o Plano Nacional de Data Centers, conhecido como ReData, atualmente em discussão no governo federal.

A entidade manifestou apoio à MP das ZPEs, reconhecendo seu alinhamento com as melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG), mas foi enfática ao destacar que esta medida possui escopo limitado, aplicando-se exclusivamente a data centers voltados para a exportação de serviços. Em contraste, o ReData representa uma política estruturante de âmbito nacional, com objetivo de fortalecer toda a infraestrutura digital do país, incluindo o atendimento ao mercado interno.

A ABDC demonstrou preocupação com a possibilidade de confusão entre as duas iniciativas e defendeu a necessidade de avanço rápido nas discussões sobre o ReData no âmbito do Executivo Federal. Segundo a associação, a aprovação do plano é crucial para garantir a desoneração na importação de equipamentos tecnológicos sem similar nacional, medida considerada essencial para colocar o Brasil em pé de igualdade competitiva com outros países que disputam os mesmos investimentos internacionais.

Estimativas apresentadas pela ABDC indicam que a implementação do ReData poderia atrair mais de R$ 1,5 trilhão em investimentos para o Brasil ao longo dos próximos cinco anos. Esse volume de recursos teria impacto significativo no desenvolvimento tecnológico do país, com potencial para gerar empregos qualificados, fomentar a inovação e consolidar a posição brasileira como um dos principais hubs globais da economia digital.


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