Inovação

FINEP lança ação de fomento de R$ 1,5 bilhão para financiar programas de IoT

A FINEP lançou nesta terça-feira, 19/06, a Ação de Fomento à Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) e Demais Tecnologias Habilitadoras da Indústria 4.0. A iniciativa prevê R$ 1,5 bilhão para financiar programas de  IoT, com recursos da própria Finep – cerca de R$ 1,1 bilhão e do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Comunicações (Funttel) – R$ 400 milhões.

Para o diretor financeiro, de crédito e captação da Finep e presidente em exercício da entidade, Ronaldo Barcelos, o plano representa uma virada na política de investimentos da empresa. “Este lançamento é calçado e vinculado a uma política pública coordenada pelo MCTIC, e nos orientamos para descentralizar a política de fomento, buscando estar mais próximos de onde a inovação acontece, na ponta desse processo”, destacou. Dados divulgados pelo diretor de Inovação da Finep, Rennys Aguiar, o setor de IoT deve impactar em até 11% o Produto Internet Bruto (PIB) global. “Daí a importância de investirmos no setor.”

Para oferecer crédito mais atraente, a Finep vai conceder bônus de relevância setorial de 1,0% ao ano (a.a.) em cima de suas linhas de ação já existentes. A bonificação é cumulativa ao bônus de apresentação de garantias financeiras, ou seja: com o Finep IoT, as empresas podem conseguir empréstimos com taxa de juros de até TJLP-1,0% a.a. Se o projeto tiver foco em telecomunicações, a melhor taxa passa a ser TR+3% a.a. Dependendo do grau de inovação dos Planos Estratégicos de Inovação (PEIs), a Finep pode financiar até 90% do projeto. O prazo de carência é de até 48 meses e o prazo total pode chegar a 12 anos, também de acordo com a relevância da inovação.

Para se enquadrarem no programa, os projetos precisam ter como referência o conceito de Internet das Coisas e demais tecnologias habilitadoras da Manufatura Avançada, com aplicações na saúde, indústria, no agronegócio (ambiente rural) e no desenvolvimento urbano (cidades). Estão aptas a participar empresas com receita operacional bruta a partir de R$ 16 milhões. O valor mínimo das operações é de R$ 5 milhões.

O diretor de Inovação da Finep, Rennys Aguiar, ressaltou que, além das empresas, há, sempre, outros atores envolvidos no processo de inovação, como ICTs públicos e privados, órgãos da administração pública e órgãos reguladores. “O ideal é que estes agentes se envolvam no processo, preferencialmente articulados em consórcios, arranjos público-privados ou sistemas de inovação”, afirmou.


A ação está dividida em três eixos: desenvolvimento de soluções digitais baseadas em IoT e demais tecnologias habilitadoras; formulação de planos estratégicos de digitalização dos processos produtivos; e implementação dos planos estratégicos de digitalização dos processos produtivos.

Presente ao lançamento, o ministro Gilberto Kassab ressaltou a importância da parceria entre órgãos públicos e empresas privadas. Segundo ele, essa interação permite o avanço da inovação no Brasil. “Inovação é a palavra-chave para criarmos as condições para um país mais moderno. Isso é possível aliando os esforços do poder público e a capacidade de produção da iniciativa privada. Investirmos em Internet das Coisas e na indústria 4.0 é fundamental para que possamos construir um país mais desenvolvido e mais justo”, disse.

Finep Startup

Durante o evento, também foi lançado o segundo edital do programa Finep Startup, que vai apoiar 50 empresas de pelo menos seis meses de existência com até R$ 1 milhão cada. Segundo Ronaldo Barcelos, o investimento nessas empresas é fundamental para que elas possam superar o chamado “vale da morte”. “Nosso objetivo é colaborar para a evolução destas startups, essenciais para a economia do país, principalmente na fase do ‘vale da morte’. Ou seja, no momento mais crucial, nas etapas de desenvolvimento”, explicou.

O secretário de Políticas Digitais do MCTIC, Thiago Camargo, lembrou que o governo promoveu alterações na Lei de Informática (Lei nº 8.248/1991), permitindo que empresas beneficiárias do incentivo fiscal financiem pesquisa e desenvolvimento e, também, invistam o percentual estabelecido pela legislação em startups e fundos de venture capital. “Esse é um mecanismo importante, porque vamos possibilitar a abertura das fontes de financiamento para essas startups. Elas vão ter condições melhores de captar recursos para poder crescer e gerar inovação”, completou.

Fonte: Assessoria do MCTIC e da FINEP

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