Indústria de semicondutores reage à liquidação da Ceitec
A indústria de semicondutores indicou preocupação com a decisão do governo federal de fechar a Ceitec, a estatal que projeta chips. Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores aponta que a “liquidação distanciará ainda mais o Brasil do conhecimento de ponta necessário ao desenvolvimento de produtos de alta tecnologia e diminuirá as chances para que possamos reduzir a enorme dependência de produtos importados”.
O anúncio foi feito após reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, na terça-feira, 10/6, onde relatou-se a falta de interessados em comprar a empresa, uma vez que a intenção inicial era privatizar a Ceitec no começo de 2021.
Para a entidade, é ilustrativo que o anúncio tenha se dado no mesmo dia em que os Estados Unidos apresentaram projeto para injetar US$ 22,8 bilhões na atração de fabricantes de semicondutores. E ressalta a necessidade de serem “implementadas atividades capazes não somente absorver os recursos humanos, com muitos especialistas, mestres e doutores”.
Segundo o presidente da ABISEMI, Rogério Nunes, a Ceitec foi a única fábrica que logrou desenvolver um certo nível de capacidade de difusão dos chips no hemisfério sul do planeta, num investimento estratégico feito pelo país, que inclusive atraiu aportes estrangeiros.