Inovação

Inteligência Artificial agiliza 4 milhões de processos na Procuradoria Geral de São Paulo

Automatização de 22% da carga libera procuradores para casos complexos e estratégicos.

A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) já colhe frutos da migração para a nuvem e adoção de soluções de inteligência artificial, com impacto direto em 8 milhões de processos ativos e ganho efetivo em mais da metade deles com automatização de atividades e maior eficiência.

Responsável pela TI na PGE-SP, o procurador Virgílio Carbonieri destacou a necessidade de adaptação frente à digitalização do Judiciário. “A digitalização é causa e resposta ao aumento da demanda diante dos ganhos de eficiência dos vários parceiros que atuam na Justiça, o que resulta no maior volume de trabalho para a gente poder analisar e responder conforme o que precisa.”

Ao apresentar resultados concretos do uso de nuvem e de recursos de inteligência artificial, Carbonieri aponta para a automatização de praticamente um quarto do trabalho dos procuradores estaduais.

“A PGE tem cerca de 8 milhões de processos ativos e aplicando soluções de tecnologia consegue gerar valor e eliminar tarefas. A gente consegue receber inputs e gerar modelos para responder aquilo de maneira proativa para o procurador conferir e protocolar. E vários desses inputs a gente já consegue analisar e encerrá-los sem que o procurador precise sequer tomar ciência. Já temos um nível de automatização do processo de cerca de 22%”, disse.

“Conseguimos gerar modelos de resposta, protocolar manifestações e até encerrar demandas de forma autônoma. Isso libera tempo do procurador para se dedicar a casos mais complexos e estratégicos”, explicou o responsável pela TI da PGE-SP. A adoção da nuvem foi determinante para esse salto de eficiência. Carbonieri destacou a “rapidez na implantação, a escalabilidade, os custos competitivos e a possibilidade de experimentar diferentes tecnologias de forma ágil e atrativa” como vantagens fundamentais.


Entre janeiro de 2024 e agosto de 2025, a tecnologia já analisou mais de 4,3 milhões de processos, classificando automaticamente 73% deles com 98,5% de precisão. No período, foram encerradas 647 mil demandas com apoio da IA e gerados 642 mil documentos jurídicos de forma automatizada.

Os ganhos vão além da produtividade interna. A PGE-SP reduziu o acúmulo processual, acelerou decisões administrativas e aumentou a taxa de recuperação de créditos da dívida ativa. “A tecnologia eliminou tarefas repetitivas que antes exigiriam mais pessoas e tempo, entregando valor de forma direta para a sociedade”, concluiu Carbonieri.

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