InternetSegurança

Violação de dados cresce 24 vezes no Brasil e supera 84 milhões de contas comprometidas

Aumento fez país subir duas posições no ranking, sendo o sétimo mais afetado

O número de contas comprometidas por vazamentos de dados cresceu em 2024 e atingiu mais de 5,5 bilhões globalmente, quase oito vezes o registrado no ano anterior. O Brasil foi um dos países mais impactados, subindo duas posições no ranking mundial e registrando um aumento de 24 vezes no número de contas vazadas em comparação com 2023. Esse crescimento coloca o país entre os mais afetados por ciberataques, ao lado de Rússia, Estados Unidos, França e China.

Os dados revelam que, apesar das mudanças na classificação global, os EUA, Rússia, França, Índia, Brasil, Itália e Reino Unido permaneceram entre os dez países mais atingidos nos últimos dois anos. O Brasil, especificamente, registrou um aumento expressivo de ataques cibernéticos, refletindo a vulnerabilidade da segurança digital no país e a crescente sofisticação dos métodos utilizados por criminosos para explorar brechas nos sistemas.

No caso do Brasil, foram 84,6 milhões de contas violadas em 2024, um aumento de 2.322,3% em comparação a 2023, o que fez o pais subir duas posições nesse ranking, agora como sétimo mais afetado. Os dados são a empresa de segurança cibernética Surfshark.

China liderou o ranking de 2024, saltando da 12ª para a 1ª posição, enquanto Alemanha e Polônia também entraram no top 10 pela primeira vez. Apesar de alguns países terem caído na classificação, como EUA, Índia e Reino Unido, o volume total de contas comprometidas continuou a crescer, demonstrando que a ameaça dos vazamentos de dados está longe de ser controlada. No caso dos Estados Unidos, mesmo com a menor alta proporcional entre os países mais afetados (39%), o país ainda registrou 690 milhões de contas expostas, ocupando o terceiro lugar global.

O impacto dos vazamentos de dados no Brasil reflete uma tendência mundial de aumento das violações, especialmente em países onde a digitalização avança rapidamente, mas as medidas de proteção ainda não acompanham o ritmo das ameaças. O relatório aponta que, globalmente, os países mais afetados foram China, Rússia e EUA, que juntos responderam por 46% de todas as contas comprometidas em 2024. A China registrou a maior taxa de vazamento, com cerca de 1.800 contas expostas por minuto, seguida pela Rússia, com 1.700, e pelos Estados Unidos, com 1.300.


O estudo também destaca que, além do número absoluto de contas vazadas, a densidade dos vazamentos em relação à população é um indicador relevante do nível de risco digital em cada país. Em 2024, a Rússia liderou essa métrica com quase 6.400 contas comprometidas para cada 1.000 habitantes, seguida por França e EUA. Na Europa, dez dos quinze países com maior densidade de vazamentos estão concentrados no continente, demonstrando que a região se tornou um dos principais alvos de cibercriminosos.

Os dados mostram ainda que a Europa foi a região mais impactada globalmente, com 1,6 bilhão de contas vazadas, representando 29% do total, seguida pela Ásia, com 1,3 bilhão (23%), e pela América do Norte, com 770 milhões (14%). Entre os países europeus mais atingidos estão Rússia, Alemanha, França, Itália e Reino Unido. Na Ásia, os principais alvos foram China, Índia, Japão, Vietnã e Filipinas.

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