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Ataque hacker Banco Central: Dois novos bancos denunciam prejuízo de R$ 273 milhões

Essas instituições, cujo nomes não foram revelados perderam respectivamente, R$ 184 milhões, e R$ 49 milhões. Outros bancos podem ter perdido dinheiro também, mas preferem o silêncio.

O delegado divisionário da Delegacia de Crimes Cibernéticos (DCCibre) da Polícia Civil de São Paulo, Paulo Eduardo Barbosa, afirmou em entrevista ao jornal Valor Econômico, que dois bancos procuraram a polícia para denunciar um prejuízo de mais de R$ 184 milhões e outro com R$ 49 milhões. Eles se juntam ao BMP, que perdeu pelo menos R$ 541 milhões. Mas os nomes das instituições não foram revelados.

“Então, pelas informações que estamos recebendo, com um cálculo preliminar, estimamos que o prejuízo pode passar de R$ 1 bilhão”, adicionou o delegado. Paulo Eduardo Barbosa ressalta, no entanto, que a depender do tamanho do banco, e se o prejuízo for pequeno, de algumas dezenas de milhões de reais, muitos decidem nem notificar a polícia, até por temerem repercussões negativas do caso, com risco de dano reputacional. “Temos historicamente essa subnotificação mesmo, então algumas instituições ainda estão avaliando se vale denunciar”.

O delegado lembra que, além de algumas quantias bloqueadas pelas próprias fintechs que perceberam a atipicidade das movimentações, a Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público, conseguiu bloquear R$ 15 milhões que haviam sido convertidos em criptoativos.

Barbosa revelou que, agora, o foco é tentar identificar o grupo que aliciou o então funcionário da C&M, João Nazareno Roque, para que fosse aplicado o golpe. O funcionário admitiu ter recebido R$ 15 mil para vazar a sua credencial de acesso à CM&Software.

Paulo Eduardo Barbosa observou não ser possível afirmar se este grupo tem ligações internacionais, mas acredita que ele é formado principalmente por brasileiros. Para o delegado paulista, algumas fintechs envolvidas estão no nome de “laranjas”, com os reais donos morando em outros países.


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