Brisanet, Claro, Sercomtel e TIM vencem leilão para instalar e operar ERBs em 110 localidades sem atendimento
Operadoras terão 150 dias para instalar e operar a infraestrutura. Toda a verba disponível para a realização do terceiro leilão foi utilizada, cerca de R$ 89 milhões — totalizando os R$ 250 milhões previstos para a realização do projeto.

Brisanet, Claro, Sercomtel e TIM foram as vencedoras do terceiro e último leilão determinado pela Anatel para escolher empresas aptas a instalar e a operar Estações de Rádio Base (ERBs) em 110 localidades remotas desatendidas, incluindo povoados e trechos de rodovia, listadas pelo Ministério das Comunicações.
A lista completa das vencedoras por localidade está disponível no site https://sejadigital.com.br/leilao03/. Entre as áreas contempladas estão 102 povoados, sete trechos de rodovias e uma rodovia completa, a Rota das Emoções, no Maranhão. No total, aproximadamente 88 mil pessoas terão acesso à tecnologia em suas casas, e 335 quilômetros receberão cobertura móvel.
O leilão aconteceu de maneira 100% virtual, com acompanhamento de representantes da Anatel, do Ministério das Comunicações e da própria Seja Digital, responsável por operar o certame. O resultado final foi ratificado e homologado pelo GIRED, grupo responsável pelo projeto, composto por representantes da Anatel, do Ministério das Comunicações, de empresas de telecomunicações e de radiodifusores.
A partir da assinatura dos termos de compromisso junto a Seja Digital, as operadoras terão 150 dias para instalar e operar a infraestrutura que proverá cobertura móvel na região contemplada pelo lance vencedor. Após a confirmação da entrega, e a aprovação do GIRED, a Seja Digital realizará o repasse dos recursos equivalentes ao lance vencedor a cada operadora, por localidade.
Assim como nas duas primeiras rodadas, realizadas respectivamente em outubro de 2024 e março de 2025, a edição atual seguiu o formato reverso, em que venceram as operadoras que pediram o menor valor por localidade.
Toda a verba disponível para a realização do terceiro leilão foi utilizada, cerca de R$ 89 milhões — totalizando os R$ 250 milhões previstos para a realização do projeto. O deságio neste certame chegou a R$ 12 milhões.
Os recursos utilizados no projeto advêm do saldo remanescente de valores aportados na Seja Digital após o leilão do 4G, conforme determinações do Ministério das Comunicações e da Anatel. Em 2015, de maneira até então inédita, a contrapartida das empresas vencedoras naquela ocasião foi criar uma entidade privada sem fins lucrativos com a incumbência de executar políticas públicas de telecomunicações e radiodifusão.