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Na crise dos chips, EUA atraem bilhões e capitalizam a volta da fabricação local

Os Estados Unidos estão capitalizando a crise de produção de chips no mundo dentro da estratégia de voltar à produção local no País. A Samsung, por exemplo, encaminhou um pedido oficial para obter incentivos fiscais para a construção de uma planta no Texas, com investimentos estimados em US$ 17 bilhões, e a geração de pelo menos 1800 novos empregos.

A Intel, por sua vez, revelou o interesse de comprar a GlobalFoundries, em um negócio avaliado em US$ 30 bilhões, como parte de um esforço contínuo para impulsionar suas atividades de fabricação de chips nos Estados Unidos e no exterior, relatou o The Wall Street Journal (WSJ). Em março, o CEO da Intel, Pat Gelsinger, disse que a empresa aumentaria suas atividades de chips, com a empresa também prometendo US $ 20 bilhões para expandir a fabricação nos EUA.

A GlobalFoundries é uma empresa de produção de chips, criada em 2008 quando a Advanced Micro Devices (AMD) encerrou suas operações de produção. A empresa está expandindo suas operações para explorar a escassez global de semicondutores, tanto que investiu US $ 4 bilhões. A aquisição da GlobalFoundries seria a maior compra da Intel- superando a da Altera, que saiu a US$ 15,4 bilhões.

Se os Estados Unidos se mobilizaram para recuperar o lugar de comando – a produção estava muito concentrada na Ásia e na China – no Brasil, o governo liquida a CEITEC, a única empresa com capacidade de fazer chip na América Latina, sem nenhum plano estratégico voltado para a tecnologia. Em 1994, também no auge de uma crise de semicondutores, o Brasil perdeu a chance de ter uma fábrica da Intel – a fabricante acabou elegendo a Costa Rica – também por uma opção de estratégia de governo.

*Com agências internacionais


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