Nuvem soberana se espalha pelo mundo e força adaptação de AWS, MS e Google
A Google Cloud e a Gulf Edge, uma subsidiária da Gulf Energy Development Public Company Limited, formaram um acordo plurianual para fornecer serviços de nuvem soberanos, de acordo com os rígidos requisitos de residência de dados, segurança e privacidade da Tailândia. No Brasil, a nuvem soberana do governo federal está sendo desenvolvida pelo Serpro e está previsto para outubro, a oferta dos primeiros serviços oficiais. Também participam Dataprev e Telebras.
Conforme os termos acertados, a Google Cloud autorizará a Gulf Edge a operar o Google Distributed Cloud (GDC) como um provedor de GDC gerenciado (MGP), com foco em configurações isoladas para organizações na Tailândia. A Gulf Edge fornecerá opções de implantação para GDC no local ou dentro de um data center do Grupo Gulf, com opções de hardware para atender aos requisitos específicos de carga de trabalho das organizações.
Esta parte do acordo garante a adesão à Lei de Proteção de Dados Pessoais da Tailândia, que exige que os dados, operações e software permaneçam sob o controle do cliente e dentro das fronteiras da Tailândia.O GDC permite que as organizações cumpram os requisitos de residência e segurança de dados ao não exigir conectividade com o Google Cloud para gerenciar a infraestrutura.
Além da Tailândia, Cingapura, Malásia e Índia também fazem esforços para aumentar a sua soberania na nuvem. A Home Team Science and Technology Agency (HTX) de Cingapura assinou um acordo com a Microsoft para atender às necessidades tecnológicas emergentes em seus departamentos de Home Team. Além disso, o Centro de Tecnologias Estratégicas de Infocomm (CSIT) de Cingapura fez recentemente uma parceria com a GDC para testar uma solução de nuvem soberana para usar IA para atender aos seus requisitos de defesa.
Na Índia, o governo aprovou recentemente a Lei de Proteção de Dados Pessoais Digitais 2023, que exige que as organizações armazenem e processem dados localmente. Por outro lado, a Malásia não exige a localização de dados ao abrigo da Lei de Proteção de Dados Pessoais (PDPA), mas impede a transferência transfronteiriça de dados pessoais, salvo algumas exceções. Além disso, o país também criou o Plano de Economia Digital em 2018, que incentiva o uso de data centers no país. Além do Google Cloud, Amazon Web Services (AWS) e Microsoft também investem na Tailândia.
Vários são os países que optam por nuvens soberanas à medida que as ameaças cibernéticas aumentam e as razões geopolíticas ameaçam perturbações. Hiperescaladores proeminentes e grandes provedores de serviços de nuvem estão investindo pesadamente na tentativa de antender a crescente adoção do conceito, alterando suas ofertas de acordo com a conformidade e as regulamentações de diferentes países. Por exemplo, a VMware adicionou 19 provedores de nuvem na região APJ no ano passado para “oferecer recursos soberanos de nuvem” aos seus clientes.
A crescente pressão sobre a nuvem soberana na região significa que as organizações precisam analisar de perto as suas estratégias de nuvem para garantir a conformidade com as leis locais.
* Com informações da Fierce Wireless