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Oi Soluções: CEOs e CIOs têm de evitar repetir as falhas de cloud na adoção da IA

A migração apressada para computação nuvem levou muitas empresas cometerem erros que custaram caro. O exemplo da migração para cloud serve, agora, para quem está avaliando adotar IA e inteligência artificial generativa. “Inicialmente, as empresas se desesperaram muito para a computação em nuvem buscando um bem específico para a empresa.

Mas as empresas não se planejaram e, seis anos depois do hype, ainda sofrem com má gestão, afirmou Renato Simões, diretor de produtos e arquitetura de soluções da Oi Soluções, em entrevista ao CDTV, após painel sobre agilidade e eficiência na nuvem com estratégia FinOps e IA, durante Febraban Tech 2024. 

Assim, segundo ele, atualmente, corporações reavaliam seus ambientes de nuvem. “Nem todas estavam preparadas para responder a todas as perguntas de por que migrar para cloud. No mix de desespero e planejamento muitas ficaram pelo caminho”, analisou. Para Simões outro erro é apostar em uma única nuvem. A orientação, portanto, está em migrar para um ambiente multinuvem e contar com ferramentas de FinOps para gerir os custos de nuvem e saber quanto está custando a aplicação em cada provedor. 

No painel, Felippe Melo, vice-presidente de vendas da IBM Brasil, ponderou que, com o advento da nuvem, percebeu-se uma aceleração dos negócios. “Todas as empresas vão conviver em ambiente multinuvem e isso traz sofisticação, mas requer tecnologias e ferramentais sofisticados”, alertou Melo. A modernização das aplicações permite a navegabilidade entre os ambientes de nuvem e on-premises.  

Adoção planejada


Dênio Albaro de Lima Rodrigues, superintendente de TI da Sicoob, contou que a cooperativa tem 95% das transações sendo digitais. A jornada para nuvem começou em 2019. “Fizemos de forma a prover infraestrutura de forma segura e escalável, iniciando a jornada de cloud pública. Explicamos para a empresa que não era modismo de TI, mas que faríamos com estratégia”, disse. 

Assim, a TI segregou e migrou workloads menores sem se aventurar, no início, com grandes cargas. “Iniciamos com cargas pequenas, depois solução de gestão de pessoas, solução de marketing corporativo e depois as soluções de negócios, como seguros e câmbio — mas ainda mantemos uma parte grande on-premises”, explicou. 

Para o executivo da Sicoob, o ambiente híbrido é o melhor para balancear a força do on-premise com elasticidade da nuvem.   

Nuvem como lição para IA

A migração da computação em nuvem aponta caminhos para a adoção de sistemas de inteligência artificial. Para Melo, da IBM, o que foi obtido em cloud com a democratização será também observado em IA com a democratização no uso de dados. 

Na mesma linha, Simões, da Oi Soluções, ressaltou que os CEOs e CIOs estão muito preocupados com essa implementação de IA. “Você lida direto com o sentimento das pessoas, você pode fornecer crédito ou fazer uma cobrança e isso mexe muito com o dia a dia das pessoas. Se a governança da IA não estiver bem-implementada os bancos podem sofrer mais na frente com um processo discriminação, viés e ética”, disse o executivo na entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital.

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