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Petrobras, Bradesco e Banco do Brasil veem cibersegurança como prioridade e soberania

A cibersegurança é a grande preocupação das empresas. Gigantes como Petrobras, Bradesco e Banco do Brasil enfatizaram que, para além das fronteiras das organizações, a cibersegurança deve ser um tema de estado e soberania nacional. 

O tema da segurança foi destaque nesta quinta-feira, 18/4, no painel que reuniu líderes das áreas de tecnologia da informação no Cisco Engage, em São Paulo, que comemorou os 30 anos da companhia no Brasil. 

“A cibersegurança é uma preocupação constante, é a número um 1 e é maior que as nossas corporações: é problema de Estado e temos de nos conscientizar”, destacou Cíntia Scovine, diretora-executiva de TI do Bradesco. Para a Petrobras, a segurança é fundamental devido à criticidade de defender os dados da companhia. “Lidamos com dados de perfuração, de prospecção da companhia, de onde está o óleo. É um dado de soberania nacional”, acrescentou Carlos Augusto Burgos Barreto, CIO da Petrobras. 

Todas as tecnologias estão disponíveis para o bem e para mal; e, assim como as companhias as usam para suas estratégias de segurança, o mau uso também se faz. “Eles usam modelos de IA para montar ataques que consigam passar a defesa; usam cloud para ataques DDoS de forma massiva e, na parte de computação quântica, uma das coisas que vai acontecer é que o quântico veio para resolver problemas matemáticos que o tradicional não resolve a tempo e uma delas é o algoritmo que usamos para criptografia que mantém seguro o que fazemos”, assinalou Cíntia Scovine.

Nesse sentido, ela contou que o Bradesco está antenado e acompanhando a evolução da computação quântica. “Até 2030, devemos ter computador [quântico] comercial capaz de quebrar a criptografia. Estamos mapeando os algoritmos para fazer a proteção no futuro”, adiantou. O Bradesco tem núcleo de experimentação de computação quântica. 


O Banco do Brasil também tem um time avaliando as hipóteses da computação quântica, olhando para precificação e outras aplicações, assim como o Bradesco. Paulo André Rocha Alves, CTO Global do Banco do Brasil, avaliou como interessante o potencial do que ela vai trazer. 

Carlos Augusto Barreto relatou que, na Petrobras, contar com uma grande rede de proteção de dados significa a continuidade dos negócios e a segurança dos funcionários. “Para isso, temos uma grande gama de soluções e parceiros. A grande preocupação é o ser humano, que é o link fraco. Temos de capacitar as pessoas”, apontou. 

“Segurança e banco são praticamente sinônimos”, sentenciou Paulo Alves. “É algo que é impossível de abrir mão e o tema que impulsiona a nossa tecnologia, porque vemos cada vez um ataque diferente, por isso, a segurança entra para a gente desde o momento número um”, acrescentou. 

De acordo com o CTO do BB, a IA já está embarcada em diversos processos e produtos, sendo usada, por exemplo, para deixar mais robusta a acurácia e assertividade na oferta de produtos. “ O cliente quer ser surpreendido pelo banco e a IA está ajudando a entender o momento do cliente e apontar o produto para ele que faz sentido agora.”

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