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TIM assume que vai às compras para reforçar B2B em cloud, big data e cibersegurança

Internet das Coisas segue sendo o principal alvo da operadora , mas a TIM entende que é preciso ir além. "Nós temos a mobilidade que nos abre frente, mas precisamos avançar onde não temos presença", disse o CEO da TIM, Alberto Griselli.

A TIM sabe que tem uma receita menor do que os competidores no segmento B2B e quer avançar mais indo às compras em áreas como big data, cloud e cibersegurança. Internet das Coisas será a prioridade, assim como serviços de transações com empresas por meio do SMS verificado, mas a operadora enxerga que é preciso ir além para conquistar as empresas e se apresentar como uma TechCo.

“Sabemos que a nossa receita com o B2B é menor do que a dos nossos competidores, mas fizemos uma trajetória em internet das coisas muito consistente. Nós abrimos esse mercado. Mas sabemos que temos de crescer no B2B tradicional, mas não temos data centers, não temos infraestrutura fixa”, pontuou o CEO da TIM, Alberto Griselli, em entrevista à imprensa sobre os resultados do segundo trimestre, realizada nesta quinta-feira, 31/7.

Ao responder ao portal Convergência Digital sobre a entrada da TIM em serviços B2B como big data, cloud e cibersegurança, Griselli foi taxativo: “Estamos vendo a aquisição de empresas no mercado para construir o portfólio que não temos”. Mas o executivo não deu prazos para finalizar essas compras.

O vice-presidente de Receitas da TIM, Fabio Avellar, adicionou que Internet das coisas seguirá sendo a prioridade no B2B. “Nós abrimos essa frente no Brasil. Somos líderes no agronegócio e na logística. Temos planos de chegar a 10 mil km de rodovias cobertas e 26 milhões de hectares cobertos até o final do ano. Estamos com contratos com cidades inteligentes. É um mercado que tem muito por avançar”, reforçou.

Resultado


A TIM encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 976 milhões, alta de 25% em relação ao mesmo período de 2024. O avanço reflete o desempenho do segmento pós-pago, a ampliação da cobertura 5G e os investimentos em inovação e modernização da infraestrutura, especialmente em São Paulo e Minas Gerais. A receita líquida totalizou R$ 6,6 bilhões no período, alta de 4,7% na base anual, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) normalizado aumentou 6,3%, para R$ 3,35 bilhões.

A TIM fechou junho com uma base móvel de 62,19 milhões de clientes, o que representou uma expansão de 0,3% em relação a um ano atrás. O percentual reflete tanto um aumento expressivo no número de acessos pós-pagos (+8,8%) quanto um recuo na base pré-paga (-7,1%). No negócio de banda larga fixa via fibra óptica, houve discreto avanço no número de assinantes (+0,2%), que alcançou 799 mil ao fim de junho.

A TIM manteve a liderança na cobertura 5G, com presença em 707 cidades e alcance de 70% da população urbana — cerca de 120 milhões de pessoas. Nas capitais, mais de 30% do tráfego móvel da operadora passa por redes 5G, e em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro esse índice já supera 70%. O percentual de smartphones compatíveis com a tecnologia na base da TIM chegou a 28%.

Desde o primeiro trimestre de 2024, a TIM fechou R$ 406 milhões em contratos no segmento TIM IoT Solutions, com 109 empresas atendidas. A operadora soma mais de 7 mil quilômetros de rodovias conectadas com LTE 4G e alcançou 23 milhões de hectares com cobertura 4G no agronegócio. A meta é chegar a 26 milhões até dezembro.

No trimestre, a operadora registrou mais de 450 mil adições líquidas em planos pós-pagos (excluindo acessos M2M), fechando o período com uma base pós-paga total de 31,5 milhões de acessos. O ARPU desse segmento (excluindo acessos M2M) no primeiro semestre de 2025 foi de R$ 54,8 – o maior do mercado, refletindo a diferenciação das ofertas da companhia e o bom desempenho comercial.

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