Segurança

Governos, entre eles o do Brasil, formam força-tarefa para asfixiar os hackers

A Iniciativa Internacional Contra Ransomware -formada por quarenta países, liderados pelos Estados Unidos, e com a adesão do Brasil- vai formalizar um compromisso de nunca pagar resgate a cibercriminosos e trabalhar para eliminar o mecanismo de financiamento dos hackers, adiantou a vice-assessora de segurança nacional dos EUA, Anne Neuberger. Os Estados Unidos são o alvo preferencial com 46% dos ataques. “Enquanto houver dinheiro fluindo para criminosos de ransomware, este é um problema que continuará a crescer”, reforçou a executiva.

Nos ataques de ransomware, os hackers criptografam os sistemas de uma organização e exigem pagamentos de resgate em troca de desbloqueá-los. Frequentemente, eles também roubam dados confidenciais e os usam para extorquir as vítimas e divulgá-los online se os pagamentos não forem efetuados. Empresas como o MGM Resorts Internacional e a Clorox ainda não se recuperaram das interrupções provocadas pelos ataques.

Além de um acordo formal para o não pagamento de resgate aos hackers, a iniciativa também prevê o compartilhamento de informações sobre contas de pagamento de resgate, adiantou Anne Neuberger. Serão criadas duas plataformas de partilha de informações, uma pela Lituânia e outra conjuntamente por Israel e pelos EUA.

Os países parceiros compartilharão uma “lista negra” através do Departamento do Tesouro dos EUA que incluirá informações sobre carteiras digitais usadas para movimentar pagamentos de ransomware, disse Neuberger. A iniciativa vai usar Inteligência Artificial e blockchain para identificar os fundos ilícitos.

Participam da aliança global, além do Brasil e dos EUA, entre outros países Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Canadá, Croácia, República Checa, República Dominicana, Estónia, França, Alemanha, Índia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Quénia, Lituânia, México, Países Baixos, Nova Zelândia, Nigéria, Noruega, Polónia, República da Coreia, Roménia, Singapura, África do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Ucrânia e Bélgica.


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