Segurança

RSA/Dell: Não se trata mais de infraestrutura em risco, mas de pessoas em risco

O presidente global da RSA Security, Rohit Ghai, foi taxativo ao conversar com o Convergência Digital: uma boa política de cibersegurança está muito, mas muito longe, de dizer não para tudo como muitas áreas de segurança da Informação já fizeram e tentam seguir como mantra. “Na transformação digital é impossível dizer não para tudo o tempo todo. Gerencial o risco é que faz a diferença e fará daqui para frente”, assegurou Ghai.

O executivo – que veio ao Brasil na semana passada para encontros com clientes – admitiu que, hoje, a infraestrutura de TIC está mudando o tempo todo e a proteção dela e dos negócios exige um gerenciamento em tempo integral. “Não basta mais pensar em comprar produtos ou instalar software para conter incidentes. Agora o mundo mudou de vez. Temos cloud computing, temos edge computing, e mais coisas virão. O momento é de conectar os silos nas empresas. Não é mais pensar somente em infraestrutura em risco, mas, sim, em pessoas em risco”, adicionou o presidente da RSA Security.

Indagado pelo Convergência Digital, sobre o porquê do incremento dos ataques às empresas, Rohit Ghai diz que é preciso mudar a cultura. “A transformação digital sabe que ataques vão vir. A questão é como a empresa vai agir e minimizar o impacto. Na era dos dados, as leis de proteção beneficiam quem admite o ataque e age para conte-lo de forma transparente. Esse é o papel da segurança da informação: entender os riscos”, ressalta.

O mundo digital, acrescenta, amplia as facilidades para acesso à informação e aos serviços e gostem ou não os gestores de segurança há uma liberdade maior para escolher os meios de trabalho. E aqui, observa Rohit Ghai, a educação se torna uma prioridade. “Empresas precisam gastar com treinamentos, com gamificação, com educação digital. E isso não parte da TI ou da Segurança. Tem de partir do conselho de administração”, destaca.

5G e cidades inteligentes: o risco passa a nos incluir


As cidades inteligentes e o 5G – por conta da tecnologia nos serviços críticos são, hoje, uma preocupação objetiva na área de segurança da informação. “Mas muitas empresas estão atentas apenas à reputação, ao dano da marca, ao impacto econômico dos ataques de hackers. Mas daqui a pouco são as nossas vidas em risco, a nossa segurança física. A tecnologia chegou onde ela não chegava há, cinco, 10 anos. Uma indústria automobilística nunca pensou em ser uma empresa de software. Hoje ela é o quê com a evolução dos carros autônomos?”, indaga o presidente da RSA Security.

No caso do 5G, as infraestruturas críticas vão depender cada vez mais da conectividade e da boa gestão dela, acrescenta. ” Semáforos, carros, saúde, tudo será 100% conectado. O gerenciamento de tantos dispositivos impõe uma nova prática a ser considerada por todos”, relata Ghai. Uma guerra cibernética não está fora da realidade, mas os estragos não serão contabilizados apenas nas batalhas virtuais.

“Uma guerra cibernética vai ser física e bem real”, pondera Ghai. Sobre a concorrência entre as empresas de segurança da informação, Rohit Ghai diz que ela é uma realidade e vão sobreviver àquelas que não tenham apenas o foco tecnológico da segurança. “Tem de pensar na organização do trabalho. Aqui é onde a gente demarca a convergência da Dell com a RSA: gerenciamento da jornada digital. O negócio está sendo transformado e isso vai muito além das equipes de TI e de segurança”, completa Ghai.

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