STF diz que acesso fora do padrão derrubou serviços na internet
No segundo dia de interrupção no portal web, que dá acessos aos serviços online, o Supremo Tribunal Federal agora informa que “identificou um acesso fora do padrão em seu portal” na quinta, 6/5, o que levou a retirada do portal do ar, com bloqueio a usuários externos.
O STF não detalha em que exatamente consistiu o “acesso fora do padrão”, mas dá pistas de que pode ter ocorrido uma tentativa de ataque de negação de serviço (DDoS), uma vez que foi identificado “um aumento expressivo na quantidade de acessos ao portal por meio de robôs”.
Por outra, o STF admite que o mencionado acesso fora do padrão também envolveu tentativa de “obtenção de dados”, mas sustenta que “somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas”.
Os sinais de que se trata de uma invasão a sistemas informáticos do Supremo Tribunal Federal são reforçado pela mesma comunicação divulgada nesta sexta, 7/6, sobre o incidente, ao indicar que “o caso está sob a apuração sigilosa das autoridades competentes”.
Segue a ‘nota de esclarecimento’ do STF:
“O Supremo Tribunal Federal identificou um acesso fora do padrão em seu portal nesta quinta-feira (6). Para garantir a segurança das informações, o site foi retirado do ar para usuários externos e foram iniciadas análises em diversas de suas páginas. A equipe técnica trabalha para retomada gradual dos serviços a partir desta sexta (7).
O acesso fora do padrão foi contido enquanto ainda estava em andamento e, segundo informações preliminares, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas.
Todos os sistemas que garantem a atuação jurisdicional do STF, como peticionamento eletrônico, seguiram funcionando adequadamente, sem a necessidade de desligamento.
O caso está sob a apuração sigilosa das autoridades competentes.
Aumento de acessos
Recentemente, o Supremo tem experimentado um aumento expressivo na quantidade de acessos no portal por meio de “robôs” adotados por empresas, entidades e outros profissionais ligados ao direito que capturam dados públicos, como andamento processual e jurisprudência, para uso lícito.
Nos casos em que os sistemas do Tribunal não identificam de imediato se a alta quantidade de acessos é oriunda de um “robô do bem” ou de um hacker com intenções ilícitas, medidas são adotadas para reforço da segurança de suas portas de entradas. No episódio desta quinta, segundo as informações já depuradas, o acesso não teve intuito de “sequestro” de ambiente, mas apenas de obtenção de dados.”