Fly Link desiste de licença em 26 GHz e abre problema para a Anatel
Após arrematar lote no leilão da quinta geração de telefonia (5G), a Fly Link desistiu de pagar R$ 900 mil por licença na faixa de 26 gigahertz (GHz), o lote H42. Com sede em Uberlândia e oferta de serviços na região, o provedor de banda larga fixa seria uma das seis empresas a estrear na telefonia móvel no Brasil a partir do certame — além da Winit Brisanet, Consórcio 5G Sul, Cloud2U e Neko. A informação é do jornal Valor Econômico, divulgada nesta segunda-feira, 08/11.
Questionada, a Fly Link alega que um “investidor externo”, que entraria como parceiro de negócio e faria aporte de capital, desistiu de seguir em frente. O investidor, que não teve o nome revelado, teria condicionado o investimento à aquisição de um de outros dois lotes (C8 e F8, adquiridos pela Algar Telecom).
O pedido de desistência foi recebido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O processo corre internamente em caráter sigiloso. Como o lote foi adquirido pela Fly Link com lance único (ágio de 10%), não é possível chamar um segundo colocado na classificação.
Uma alternativa, considerada pela agência,é abrir envelopes com propostas apresentadas para a mesma licença, mas com configuração de cobertura diferente. A Fly Link lamentou a decisão do investidor, que resultou na tentativa frustrada de ingressar no mercado de telefonia móvel no país.