Na Vivo, clientes pré-pago estão migrando para o 5G

Ainda em maio, as negociações entre Vivo e Anatel no Tribunal de Contas da União (TCU) vão chegar a um termo, antecipou o CEO da companhia, Christian Gebara nesta quarta-feira, 8, em coletiva de imprensa, para divulgar os resultados do primeiro trimestre. Passada essa etapa, o acordo terá de passar pelo Conselho Diretor da Anatel, do Ministério Público e voltar ao TCU para ser votado. O valor negociado é de R$ 8,7 bilhões.
“A questão da arbitragem vai depender dos acordos. O ideal seria que tudo fosse considerado nos cálculos. Mas ainda não podemos dizer se será com (a manutenção da) arbitragem”, disse. A Vivo trabalha com com a possibilidade de também segmentar a negociação como aconteceu com a Oi, adiantou, sem, porém, detalhar a estratégia. Uma possbilidade seria a definião do valor da migração da telefonia fixa do regime público para o regime privado, bem como definiria compensações à empresa (ou obrigações de investimento) em função do cálculo do saldo de compromissos de universalização e desequilíbrio econômico do serviço de telefonia fixa.
A outra possibilidade, a exemplo do que aconteceu com a Oi, prevê um acordo acerca do preço de adaptação da concessão, contendo uma parcela de compromissos de investimentos a ser assumida pela empresa; e outra parcela de investimentos que estaria condicionada ao resultado da arbitragem, uma vez que esta seria retomada. Se dependesse exclusivamente da Vivo, a questão seria 100% decidida no TCU. “Adiantaria muito se fosse assim”, ponderou.
5G
No balanço do primeiro trimestre, a Vivo destaca a fidelização da base de clientes e a redução do churn (a taxa de perda de usuários) como fatores importantes para alcançar a receita de R$ 13,5 bilhões no período (+6,5%). Entre as razões para o aumento do consumo, há alguns fatores importantes, como a migração direta dos clientes do pré-pago para o 5G. “A gente sempre falou muito de migração do pré para o controle, mas a gente teve um crescimento de 75% na migração de clientes controle para o 5G”, revelou Christian Gebara.
Uma vez que estão fidelizados, esses usuários passam a adquirir mais produtos, com mais benefícios e franquias de dados, afirma Gebara. Esse movimento impacta diretamente no crescimento do ARPU (a receita média por usuário), que chegou a R$ 51,2 no pós-pago (+6,8%) no primeiro trimestre. O churn está no menor nível histórico (0,97%).