Telecom

Nova era da IA exige tudo que é disponível de conectividade

Infraestruturas terão de ser reforçadas para suportar as demandas das aplicações baseadas em Inteligência Artificial.

A nova era da Inteligência Artificial exige o uso de todas as ferramentas disponíveis para ampliar a conectividade, Assim pontuaram os especialistas que participaram do painel Infraestrutura Digital para a Era da IA: Datacenters, 5G, Satélites e o Futuro da Conectividade, realizado no Telco Transformation Latam, evento realizado nos dias 27 e 28 de agosto. A certeza entre eles é que será preciso investir muito em infraestrutura para suportar as demandas das aplicações baseadas em IA.

Os investimentos virão, mas há pontos conflitantes na parte de legislação. A gerente Jurídico e Regulatório da TELCOMP, Amanda de Fátima Ferreira, elencou os desafios regulatórios e a necessidade de segurança jurídica para nortear as decisões de investimento. Ela criticou a forma tempestiva com a qual a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, me 22 de agosto, o novo Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), marco regulatório essencial para o estímulo à competição no setor de telecomunicações. Mesmo após processo de consulta pública que recebeu quase trezentas contribuições, o texto aprovado não agradou à Telcomp.

“Ficamos surpresos com a parte relativa ao segmento móvel, com alguns aspectos que vão tirar a competição como a cláusulas de exclusividade e roaming nas MVNOs. Hoje a concentração no segmento móvel é de 95% em três operadoras. O ponto positivo foi a manutenção do conceito de operadora de pequeno porte”, analisou Ferreira.

Heubert River, chefe de operações de data center, cloud e segurança da Cirion Technologies, falou das transformações vividas pela empresa que já foi Impsat e Global Crossing e, hoje, mantém operações de cabos submarinos e data centers com 16 sites na América Latina, sendo três no Brasil. A Cirion tem preparado os data centers para atender as demandas de IA especialmente para treinamento do ecossistemas. “IA não é um software, ela tem de ser treinada. Os data centers estão se preparando para uma demanda que será de 20% para atendimento ao usuário e 80% para treinamento”, prevê.

Rodrigo Fernandes da Silva, diretor regional da Vrio Corp, dona da Sky no Brasil, informou que a empresa está apostando na oferta de internet satelital de baixa órbita em sete países da região em parceria com a Amazon. “A Amazon está construindo um rede satelital de baixa órbita, e com nosso conhecimento na região haverá oportunidade de inúmeras aplicações como a instalação de sensores no campo. A tecnologia satelital é complementar e vem suprir um gap”, completou Silva.


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