Oi conclui reestruturação da dívida e novos acionistas começam a aparecer
A Oi informou à Comissão de Valores Mobiliários na noite de 31/7 ter concluído nessa data a reestruturação da dívida financeira nos termos previsto no plano de recuperação judicial da operadora, aprovado pelos credores em dezembro de 2017.
O plano previa a conversão de dívidas em ações, de forma a reduzir o endividamento da Oi de R$ 45 bilhões para R$ 7 bilhões. Na prática um primeiro aumento de capital que vai resultar em uma nova composição acionária e mudança no controle da supertele. Um novo aporte, pelos novos acionistas, está previsto para ocorrer até o início de 2019, esperado em R$ 4 bilhões.
As transações dos novos papéis estavam liberadas desde meados de julho. E já começam a aparecer consequências da conversão de títulos em ações da companhia. A Oi infirmou ainda na véspera ter um novo acionista relevante, o York Global Finance Fund, sediado nas Ilhas Cayman, com 7,4% das ações.
É posição semelhante ao que deve resultar da participação da Pharol (ex-Portugal Telecom), uma vez que a conversão de dívida por ações provocará uma diluição superior a 70%. O York avisa, porém, que o investimento não visa alterar o controle ou administração.
A Oi também informou à CVM que o procedimento de liquidação da opção de pagamento dos bondholders não-qualificados também terminou, ainda em 27/7. Segundo a operadora, “o valor agregado principal do crédito sob o Contrato de Crédito Não Qualificado é de USD79,572,641.00”.