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Telecom

Falta de espectro e de harmonização ameaçam 5G na América Latina

A falta de radiofrequências disponíveis é a maior barreira para que os países avancem para a nova geração da telefonia móvel. Como alerta o diretor da 5G Americas para a América Latina e o Caribe, Jose Otero, enquanto o Brasil se encontra em posição privilegiada, a realidade para a imensa maioria dos demais países é de escassez de espectro.

“O principal problema na América Latina e Caribe é a falta de espectro em vários mercados. Enquanto no Brasil o espectro destinado às operadoras supera os 600 MHz, a média da região é de apenas 300 MHz, sendo que na América Central é de ainda menos, 200 MHz. Ou seja, não há espectro suficiente para serviços de segunda ou terceira geração e já estamos falando da quinta geração, que precisa suportar maiores quantidades de tráfego porque haverá muito mais dispositivos conectados”, afirmou Jose Otero durante o Futurecom 2018, evento realizado de 15 a 18 de outubro, em São Paulo.

Ele lembrou que, no caso brasileiro, a Anatel já indicou que pretende destinar as faixas de 3,5 GHz e 26 GHz, por exemplo, para o 5G. “Brasil, Colômbia e México estão mais adiantados que o resto da região. O que foi apresentado pela Anatel está muito à frente da grande maioria dos países latino-americanos/caribenhos. Não temos, portanto, como falar em harmonização na região quando temos três países trabalhando fortemente, participando da UIT, da Citel, e sendo voz ativa sobre como entendem a harmonização, enquanto os outros 32 países não estão fazendo isso. O resto deve se agrupar nas frequências que esses países escolherem.”

O diretor da 5G Americas destacou também que, diferentemente de outras ondas tecnológicas, a quinta geração exige um perfil diferente de espectro. “Enquanto 2G, 3G e 4G exigiam especialmente bandas mais baixas, abaixo de 3 GHz, em 5G estamos falando de bandas médias, como 5,8 GHz, ou bandas altas, como 26 GHz no caso do Brasil. Em bandas baixas, os blocos designados são de 20 MHz, como é o caso dos 700 MHz. Quando tratamos de bandas altas, os blocos são muito mais extensos. Por exemplo, na licitação de novembro nos Estados Unidos, são três blocos na banda de 28 GHz, de 425 MHz cada um. Depois será a banda de 24 GHz, com sete blocos de 100 MHz cada um. São mais extensos para serem capazes de suportar todo o tráfego adicional.”


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