Inovação

Software brasileiro transmite dados da maior câmera digital do mundo

O software Kytos, desenvolvido no Brasil, começou a ser utilizado na rede de produção da Amlight, consórcio que será responsável pela transmissão de dados do Large Synoptic Survey Telescope (LSST), telescópio que será instalado no Chile para fotografar todo o céu visível.

O consórcio AmLight, responsável pela construção, já está empregando o software em sua rede de produção. O Kytos é uma plataforma de código aberto para orquestração de Redes Definidas por Software (SDN) desenvolvida pelo São Paulo Research and Analysis Center (SPRACE), centro que tem apoio da FAPESP.

Segundo o SPRACE, o desenvolvimento do software deu origem a uma estreita colaboração com engenheiros e desenvolvedores da Rede Acadêmica de São Paulo (ANSP), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e da própria AmLight.

O LSST, que deverá entrar em operação em 2022, é um projeto internacional que foi proposto em 2001 e começou a ser oficialmente construído em 2014. O local escolhido foi Cerro Pachón, no Chile, no pico de uma montanha de mais de 2,6 mil metros de altura.

O objetivo é fotografar todo o céu visível, o que implica em grandes desafios nas áreas de transmissão, armazenamento e análise de dados. Todas as noites cerca de 20 terabytes de dados serão gerados e precisarão ser transmitidos para diferentes centros de análise ao redor do mundo.


O consórcio AmLight, que envolve RNP, ANSP e Florida International University, será responsável pela transmissão de dados do Chile até os Estados Unidos. Para transferir grandes quantidades de informação de forma rápida entre os países, a AmLight utilizará uma rede complexa com diversos links de 100 Gbps. O consórcio também terá em sua infraestrutura redes definidas por software para diminuir o custo operacional e suportar serviços complexos e dinâmicos.

* Da Agência Fapesp

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