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Next, do Bradesco, endossa multicloud na jornada digital

O projeto do Next, banco digital do Bradesco, criado em 2017, começou, na prática, em 2012, o que demonstra que montar uma infraestrutura 100% digital exige planejamento e estratégia. O Next contratou a Dell Technologies não apenas para prover infraestrutura, mas para fazer consultoria e atuar em uma área essencial: a da inteligência competitiva. A equipe da Dell, composta por cerca de 80 profissionais entre cientistas de dados, arquitetos de dados e engenheiros, foi responsável pelo desenvolvimento de algoritmos, considerados essenciais para o funcionamento da iniciativa, revelou o superintendente executivo do Next, Jeferson Garcia Honorato, em encontro com a imprensa, nesta quarta-feira, 16/01, em São Paulo, para a divulgação de estudo da Dell Technologies sobre transformação digital.

O Next contabiliza, hoje, 550 mil clientes ativos, sendo que em dezembro foram ativadas 101 mil novas contas, o que permitiu uma média de cinco mil contas digitais abertas por dia. “O mais importante: 82% desses clientes não eram clientes Bradesco”, observou. Para ser 100% digital, o Banco Next avançou no uso da nuvem. O ambiente multicloud é realidade. As informações mais sensíveis estão numa cloud privada. “Tudo que o cliente não quer é ter seu dado exposto de maneira indevida”, sinalizou Honorato.

Mas não há aversão à nuvem pública. Ao contrário. Já há aplicações, não estratégicas, armazenadas nos grandes fornecedores de tecnologia de nuvem. Uma delas é a que permite usar a localização do cliente para identificar o endereço por meio de certificação digital. “Funciona muito melhor do que o envio de uma foto de um comprovante por WhatsApp em termos de prevenção de fraude”, diz. Honorato admite que a cautela é necessária quando se fala em nuvem, até por questão da privacidade de dados.

A partir do final deste mês, uma nova onda de serviços será lançada – e muito desses novos produtos foram desenhados com a ajuda dos algoritmos e da equipe de cientistas de dados da Dell. “Os algoritmos são essenciais na nossa estratégia. Antes, a inteligência competitiva era muito óbvia. Os concorrentes estavam mapeados. Hoje o processo mudou. Só de fintechs são 42 contabilizadas, fora as que estão chegando e nós não sabemos”, diz Honorato.

Para o executivo do Next, é preciso entender que há uma bolha nos grandes centros do Brasil onde a realidade digital é mais intensa, mas ainda falta infraestrutura nas regiões mais distantes. “Ter mais celular do que escova de dente não é caminho para se saber se há inclusão digital de fato”, adverte. Honorato lembra que há mais de 40 milhões de brasileiros não bancarizados, boa parte deles em classe econômica mais desfavorecida e que há um leque de oportunidades para a oferta de serviços financeiros.


Hoje, observa ainda o executivo, a plataforma Next está conectada à de compliance do Bradesco e há mais de 400 APIs conectadas com plataformas externas, entre elas, o Uber, por exemplo, para a oferta de produtos e benefícios aos clientes. “Podem ter certeza que essas APIs retroalimentam a evolução das áreas tradicionais do Bradesco, onde em cada unidade de negócios há equipes olhando o que é feito no Next”, acrescenta. Para as próximas etapas, o executivo diz que o Next vai investir muito no território da voz, o elemento natural do relacionamento do ser humano.

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