TIM quer leilão 5G o quanto antes e rede legada única para o 2G
A TIM quer que o leilão do 5G aconteça o mais rápido possível para suprir o que chamou o presidente da operadora, Sami Foguel, de uma ‘lacuna de concorrência mais saudável por serviços e não por preço”. A posição da tele diverge das rivais, que não se mostram tão atraídas pelo leilão da frequência antes do final de 2020.
“O ideal é que o lelião aconteça em no máximo um ano, para termos mais um ano para a implementação da rede e dos serviços”, observou Foguel, que nesta quarta-feira, 20/02, participou da teleconferência de resultados do quarto trimestre de 2018 da TIM Brasil, com analistas e jornalistas. A reclamação sobre o nível de concorrência foi mais forte com relação ao pré-pago. O presidente da TIM classificou a disputa ‘como muito agressiva e à beira de uma guerra de preço, não endossada pela operadora”. No pós-pago – onde o 5G se insere – a disputa foi classificada como muito mais ‘saudável’.
O vice-presidente de Assuntos Regulatórios e Institucionais da TIM Brasil, Mario Girasole, reforçou que o Brasil precisa ter uma abordagem racional sobre o 5G. Segundo ele, é claro que não se pode perder a ocasião – ou seja o momento da chegada a nova infraestrutura – mas também é um risco não manter a racionalidade para permitir que se crie um modelo que incentive ao setor e a produtividade do Brasil.
Com relação ao uso das frequências, o CTIO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville, descartou a ideia de as redes 2G e 3G terem um desligamento a curto prazo. Segundo eles, são tecnologias cada vez mais periféricas, mas não está claro quando elas serão desligadas. A TIM, inclusive, sugere uma rede legada única – com acordos de compartilhamento com as demais teles – para reduzir as ineficiências e custos desnecessários.
Já o refarming da faixa de 2,1GHz, do 3G, começou e se mostra bastante interessante, especialmente, em alguns Estados como Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. “Estamos tentando trabalhar na faixa também em São Paulo. O refarming permite capturar mais tráfego em 4G e, hoje, 76% do tráfego do 4G são dados, mas também teremos muita chamada de voz, com o VoLTE, que já conta com 12 milhões de assinantes”, completou Capdeville.