Binario Cloud reforça serviços para consolidar oferta na nuvem
Com pouco mais de um ano de atuação – entrou em operação no começo de 2018 – a Binario Cloud, do grupo Binario, quer se diferenciar dos concorrentes na oferta de serviços na nuvem com uma relação mais fidelizada com o cliente. O modelo de atuação estabelecido, contam o diretor Comercial, Luiz Fernando Souza, e o CTO, Cyrano Rizzo, é o de entender a situação de TI do cliente.
“Não é só dizer venha para a nuvem que resolvemos tudo. Nós fazemos um estudo. Temos clientes que ainda usam Windows 2003. O processo de migração tem de trazer retorno e dar resultados para a companhia”, salienta Souza. Para Cyrano Rizzo, que esteve à frente da primeira nuvem privada acadêmica da América Latina na Universidade de São Paulo (USP), considerada no mesmo ano, a maior nuvem privada da região, tornando-se uma referência para muitos projetos, o trabalho de sentar e conversar com o cliente para definir o projeto de nuvem é considerado essencial.
“Isso nos diferencia muito das nuvens que estão no mercado. Nós não fazemos só o colocation. Não fazemos só a venda do software como serviço. Identificamos as necessidades do cliente para que o negócio dele avance pela TI. Há uma carência enorme por parte das empresas médias. Elas têm dificuldades de entender como funciona a nuvem”, acrescenta o CTO da Binario Cloud.
O sucesso das nuvens públicas da AWS, Google Cloud e Azzure não altera a rota de planejamento. Até porque no modelo de negócios da Binário Cloud, a parceria desponta como estratégica e até esses players são parceiros como em outros casos, há a competição. Outra ação é com o datacenter Odata, que tem o seu espaço voltado apenas para serviços na nuvem.
Como a latência é um problema para a conexão com os clientes, o diretor comercial conta que está bem perto de fechar parcerias com datacenters nas regiões Nordeste, e se der certo, também será levado para a região Norte. “Tem cliente que foi para a nuvem pública e desistiu porque percebeu que os problemas de performance não são resolvidos apenas pela migração. Ter a TI na nuvem significa entender a operação. É nesse nicho que estamos entrando e ganhando nossos clientes”, acrescenta Cyrano Rizzo.
E aqui uma oportunidade para os provedores de serviços Internet. A Binário Cloud estrutura um programa onde oferece infraestrutura de nuvem e os ISPs entram com a última milha. “Um modelo de OEM que tem tudo para dar muito certo. Os provedores estão investindo muito em fibra óptica. Chegam na casa dos clientes. Nós temos a infraestrutura de serviços na nuvem. É uma combinação que tem tudo para avançar”, diz Luiz Fernando Souza, sem, no entanto, adiantar datas para acelerar essa área de atuação.
Os projetos de cloud não acontecem apenas no Brasil. A Binario Cloud está bem perto de anunciar um grande contrato no Panamá, na América Central, mas os executivos preferiram não adiantar detalhes. Mas do ponto de vista técnico, a hiperconvergência estará presente no projeto. “Tudo está acontecendo com os ambientes sendo cada vez mais definidos por software”, aponta o CTO da provedora.
O crescimento da Binario Cloud no mercado será gradativo e já há a expectativa que em dezembro, o aporte de cerca de R$ 10 milhões feitos pelo Grupo Binario na empresa terá retornado para os investidores. “Estamos atuando para manter o crescimento de 40% ao ano”, completa Luiz Fernando Souza.