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Reforma tributária: integrantes do PSDB discordam sobre o teor

O deputado federal Vitor Lippi (PSDB/SP) e o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB/RS), discordaram sobre o rumo que as reformas vem tomando no Congresso Nacional. Os dois participaram nesta terça-feira, 21/05, do Painel Telebrasil 2019, em Brasília.

Ao comentar o clima no Congresso Nacional, Lippi disse defender a reforma da Previdência e uma futura reforma tributária. “Não há plano B. Nosso plano A é aprovar a reforma da Previdência, com algumas mudanças na área social que não impactem os resultados esperados”, disse. Para Lippi, o atual texto da reforma corta privilégios de todos os tipos, não apenas as aposentadorias de valores altíssimos, mas também aquelas obtidas com pouco tempo de trabalho.

“O Brasil é um dos poucos países do mundo que não definiu uma idade mínima para aposentadoria. Só o Brasil e outros 11 pequenos países no mundo não trataram disso”, acrescentou. Lippi disse ter a percepção de haver um ambiente favorável no Congresso para a aprovação da Previdência e início das discussões sobre a questão tributária. “Temos um manicômio tributário, que é o mais custoso e mais burro do mundo, que cai sobre a indústria, sobre quem gera emprego”, disse.

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, também do PSDB, discordou dos benefícios do texto atual. “A verdadeira reforma da Previdência é a que mexe no setor público. Só isso resolveria metade do nosso déficit. Além disso, o texto atual traz de volta a paridade a integralidade, favores para máquina pública que havíamos eliminado há mais de 15 anos”.

Sobre a reforma tributária, Marchezan Júnior disse que as discussões ocorridas até aqui trazem de volta as super carreiras e os super salários para auditores fiscais. “Botar estes jabutis para fazer favores é contra tudo que o Brasil precisa nesse momento”, defendeu.


Sem tomar partido, o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP/MG), defendeu que a Câmara precisa decidir votar, e rápido. “Se quiser votar, vota. O país tem pressa. Se não acontecerem as medidas que o país precisa, não haverá caminho”, finalizou.

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