Telefônica/Vivo: Banda larga supera a voz como fonte de receitas
O segundo trimestre de 2019 marca a transição efetiva para a vida após a telefonia na maior operadora do país, a Telefônica/Vivo. Em trajetórias divergentes, as receitas com provimento de acesso à internet foram maiores que aquelas obtidas com o serviço telefônico, como frisou nesta quarta-feira, 24/7, o presidente da empresa, Christian Gebara, durante apresentação de resultados.
“Pela primeira vez na história da companhia, as receitas com banda larga superaram as receitas com voz, na medida em que o mix de serviços e o crescimento sustentável da fibra estão direcionando o crescimento”, destacou o executivo.
No segundo trimestre, enquanto a receita de banda larga cresceu 12,3%, impulsionada pelos ganhos com FTTH, fibra até as casas, que já representa 34,5%, de toda a receita do segmento. O crescimento é de 55,1% quando comparado o mesmo período de 2018. No segundo trimestre, isso significou receitas de R$ 1,39 bilhão com acesso a internet, contra R$ 1,37 bilhão com serviço de voz, que teve queda de 16,9% sobre um ano antes.
Esse crescimento da banda larga também é maior que o aumento geral das receitas da Telefônica Brasil, de 0,4% na comparação com o ano passado. Segundo Gebara, o movimento reflete a estratégia da companhia de priorizar a expansão da fibra óptica, inclusive em substituição ao cobre, o que envolve a migração de clientes para velocidades mais altas de conexão, com impacto direto na receita média por cliente de banda larga, que cresceu 14,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A receita líquida móvel registrou crescimento de 2,3% no período, influenciada, principalmente, pelo crescimento de quase 5% da receita de dados e serviços digitais – que já representa 82% de toda a receita líquida móvel –, pela migração de clientes para planos pós-pago com maior valor, e pela maior receita de aparelhos, que cresceu 31,9% no segundo trimestre. A base de acessos pós-pagos cresceu 8,5% no período e representa 56,6%.
Outro lado é a receita de dados corporativos e TI, que “cresceu 3,8% no período, beneficiada pelo forte desempenho das receitas de novos serviços, como dados, cloud computing e outros serviços de TI, impulsionando o segmento B2B como um dos principais parceiros no processo de transformação digital das empresas”.
No segundo trimestre de 2019, a empresa registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,4 bilhão, representando um crescimento de 26,4% em comparação ao igual período do ano passado. No acumulado do ano, o lucro líquido alcança R$2,8 bilhões, com crescimento de 24,3%.