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Telecom

Vivo defende mais espectro para operadora nacional

A versão preliminar do edital do 5G deixou a desejar, segundo indica a avaliação feita pelo presidente da Telefônica/Vivo, Christian Gebara. Para o executivo, a nova geração tecnológica exige largos blocos de frequências e muita capacidade de investimento, o que ressalta o papel das grandes operadoras em garantir a cobertura nacional. 

“Nós, as empresas líderes, somos as que realmente vamos construir essa cobertura nacional. Então, o leilão não pode desfavorecer as empresas com capacidade de compra de frequências nacionais e de cobertura nacional. Podem existir frequências regionais, mas não sei se deve haver prioridade às regionais. Tem que tratar das nacionais, que têm capacidade de construir uma rede com presença nacional e que podem cumprir com obrigações com este alcance. A gente não pode ser prejudicada”, afirmou. 

A versão preliminar do edital, ainda em discussão na Anatel, trouxe como novidade a oferta de blocos pequenos de espectro, em geral de 10 MHz. Mas como pontuou o presidente da Vivo durante o Futurecom 2019 nesta terça, 29/10, as aplicações de 5G exigem perfil diferente. 

“As experiências de outros países mostram que a largura espectral que a gente precisa no 5G deve ser mais ampla. Em 3,5 GHz estamos falando que 80 MHz seria o razoável. O que é claro é que precisamos de largura. E o leilão tem que responder a essas questões. Mas cada frequência tem uma característica”, disse o executivo. 

“Um bloco pequeno nos 700 MHz, para quem já tem, é viável. O 2,3 GHz pode ser usado para 4G e talvez com bloco menor possa ser viável. Mas pensando no futuro, não deveríamos estar leiloando menos de 40-50 MHz em 2,3 GHz. No bloco de 3600 MHz, apesar de terem dividido em blocos pequenos, acho que o mínimo deveria ser 80 MHz. Acho que comprar frequência de 10 MHz em 3,6 GHz é insuficiente para dar 5G”, completou Gebara.


Segundo ele, há questões mais importantes que o prazo dessa nova oferta de espectro, que a Anatel ainda pretende realizar em 2020. “Prefiro um leilão que ocorra mais tarde com as regras corretas do que um leilão no curto prazo com regras que não acho que sejam favoráveis à digitalização do Brasil. Não pode ser arrecadatório, tem que ter objetivos de cobertura factíveis e realistas, que os lotes sejam vendidos com espectro necessário e que não exista desfavorecimento das grandes operadoras, que são as que têm capacidade de investir no Brasil.”

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