Ericsson assume culpa e fecha acordo de US$ 1,06 bi com a Justiça dos EUA
No acirramento da disputa dos EUA com a China, a Ericsson entrou em acordo de US$ 1,06 bilhão com o Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos e com a comissão de valores imobiliários dos EUA, a Securities and Exchange Commission (SEC) para encerrar investigações de corrupção. Segundo informou a fornecedora sueca na noite da última sexta-feira, 6, a empresa violou a Lei norte-americana Anticorrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês) em seis países: China, República de Djibuti, Indonésia, Kuwait, Arábia Saudita e Vietnã. No caso de Djibuti, no nordeste da África, a empresa já estava sendo processada por corrupção.
O acordo (Deferred Prosecution Agreement – DPA) dá três anos para a companhia resolver esses processos criminais, com o DOJ encerrando as acusações ao final do prazo em troca do atendimento a condições estabelecidas, como o pagamento de uma multa de US$ 520,650 milhões. Além disso, a subsidiária egípcia da empresa entrou com uma declaração de culpa na acusação de propina em Djibuti.
A Ericsson entrou em acordo também com a SEC, relacionada a “alegadas violações de provisões de contabilidade” com a FCPA na China, Djibouti, Indonésia, Kuwait, Arábia Saudita e Vietnã; e de propina em Djibouti, China e Arábia Saudita. A empresa concordou em entrar em acordo que previne futuras violações da lei norte-americana, pagando uma multa de US$ 458,380 milhões, mais juros pré-julgamento de US$ 81,540 milhões.
Com o acordo, as investigações relacionadas à Ericsson e sua subsidiárias serão encerradas tanto no DOJ quanto na SEC, cada um utilizando investigações e mecanismos independentes. No caso do Departamento, trata-se de um processo criminal, enquanto na Comissão o processo é civil. “O acordo com a SEC e o DOJ mostra que nem sempre atingimos os nossos padrões em fazer negócios da forma correta”, declara a empresa.
*Com agências internacionais