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Serpro pode demitir até 3 mil e fechar 16 escritórios

Os funcionários do Serpro realizam nesta terça-feira, 14/1, uma assembleia na sede da estatal, em Brasília, para definir rumos de ação diante da confirmação, pela diretoria da empresa, de que serão fechados os 16 escritórios regionais. Segundo relato da reunião realizada entre empresa e trabalhadores na sexta, 10/1, foi indicada a possibilidade de demissão de quase um terço dos cerca de 10 mil funcionários. 

“O Serpro funcionaria, perfeitamente, do mesmo jeito que hoje, com 3 mil funcionários a menos”, afirmou o diretor de operações, Antonino dos Santos Guerra, no encontro realizado na estatal com representantes da Fenadados e da Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática (FNI), conforme relato dos representantes dos funcionários. Procurada pelo Convergência Digital, a estatal não quis comentar. 

Segundo o diretor da Fenadados, Milton Pantuzzo, na reunião, solicitada pelas entidades para tratar das consequências da redução do contrato com a Receita Federal, o diretor de operações do Serpro confirmou o fechamento dos 16 escritórios regionais da estatal.  “O diretor Antonino Guerra afirmou que todas as regionais serão fechadas e que está sendo estudada a venda de prédios. E que a redução do contrato com a Receita já resultou em que 199 funcionários estão em casa”, relata Pantuzzo. Do encontro também participou o diretor jurídico do Serpro, Gileno Barreto. 

Também de acordo com a Fenadados, o Serpro não definiu ainda o destino desses trabalhadores e informou que está em conversas com a Receita Federal, mas que não tem um posicionamento definitivo sobre a continuidade dos funcionários. Com o fechamento das regionais, a perspectiva seria alocar parte dos trabalhadores em clientes e outros atuando em teletrabalho.

Além disso, há estudos em curso para apresentação de um Programa de Demissão Voluntária, a serem concluídos nos próximos dois ou três meses. E que a venda de imóveis pode ter início com o edifício que fica no bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro. 


“Vamos realizar uma assembleia na terça, 14/1, para tratar dos planos de privatização e tirar um calendário de lutas. Vamos também discutir uma taxa para arcar com despesas de escritórios de advocacia para lutar contra a privatização”, explicou Pantuzzo. A assembleia está marcada para às 10h, na sede da empresa. O Serpro faz parte do PPI do Governo Bolsonaro e seguiria os passos da Dataprev, outra estatal de TI, também colocada à venda na gestão.

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