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Governo

Dataprev cruza mais de 200 milhões de dados para app de auxílio emergencial

Para viabilizar a identificação de quais os brasileiros têm direito a receber o auxílio emergencial criado para apoio a famílias de baixa renda durante a pandemia do coronavírus, a Dataprev vai usar várias bases de dados do governo federal, bem como o maior banco informações do país, consolidado no Cadastro Nacional de Informações Sociais, para cruzar dados e checar quem pode receber os depósitos de R$ 600. 

“Fizemos o processamento de 75 milhões de registros do Cadastro Único [dos Benefícios Sociais] para chegar no dia de hoje com um cadastro que tem por volta de 10 milhões de pessoas habilitadas a receber o auxilio emergencial. Esse é o arquivo que será enviado para a Caixa”, explicou o presidente da Dataprev, Gustavo Canuto. 

“Existe um batimento de informações em diversos sistemas do governo, da Receita Federal e mais um montão de sistemas, do eSocial, sistemas que estão dentro da Dataprev, que faz essa checagem, e que envia os dados para o Ministério da Cidadania, que faz a validação e envia à Caixa”, completou o diretor de desenvolvimento da estatal, André Côrte. 

A fatia que envolve o Cadastro Único fora do Bolsa Família já foi processada. Outra envolve os beneficiários do Bolsa Família, cuja análise será feita automaticamente pela Dataprev, com base nos critérios estabelecidos pela legislação: o auxílio emergencial só pode ser recebido por famílias com renda familiar de até três salários mínimos. 

Uma parte complementar, porém, exige o cruzamento de dados com novas informações. “O foco e o público alvo do aplicativo são os microempreendedores individuais, os contribuintes individuais e os trabalhadores informais. Precisamos de algumas informações que as bases não detém. Por isso o aplicativo essencial, porque vai completar essas lacunas para que a gente possa fazer o processamento”, disse. 


Essa parte exige, portanto, capturar as informações que os informais e MEIs colocarão no app “Caixa Auxílio Emergencial”, que durante a tarde desta terça, 7/4, já contava com mais de 8 milhões de downloads para dispositivos Android. Com esses dados complementares, a Dataprev vai bater as informações com o CNIS. 

“Temos no Cadastro Nacional de Informações Sociais, que é o maior cadastro do Brasil, um ecossistema de dados de sistemas e processos, 209 milhões de CPFs cadastrados, com várias informações. E são essas informações que vão ser cruzadas com as pessoas que vão requerer por meio do aplicativo. Vamos bater isso com esse grande registro de 209 milhões de CPFs, para verificar quem é o cidadão, se tem ou não direito, se atende todos os requisitos. Com a primeira amostra de hoje vamos verificar se o motor está funcionando como deve”, completou o presidente da Dataprev. 

Todos os benefícios serão pagos por meio da Caixa Econômica Federal, inclusive para quem não tem conta no banco público – para quem será criada uma conta gratuita e que poderá fazer até três transferências sem custos para qualquer outra instituição financeira. A ideia é usar o app já existente ‘Caixa Tem’ e, como reconhece a CEF, um projeto simultâneo de bancarização. 

“O aplicativo Caixa Tem foi criado para facilitar o acesso. Foi construído a partir da experiência das pessoas mais simples. A caixa fez um trabalho grande de estudo. De fato o esforço da Caixa, como banco público, foi um estudo profundo de como bancarizar de maneira fácil e rápida”, afirmou o vice presidente de Rede e Varejo da CEF, Paulo Henrique Angelo. 

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