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Serpro procura imóvel para nova sede em Brasília e espera cortar custo em 30%

O Serviço Federal de Processamento de Dados, Serpro, abriu uma chamada pública em busca de futura locação de imóvel para instalação da sede da estatal em Brasília. Sustenta a empresa que busca menor custo. E segundo as especificações, o próprio espaço deve ser menor que o atual. 

“A prospecção pretendida justifica-se pela necessidade de mudança do modelo de ocupação dos imóveis do Serpro na tentativa de reduzir os custos, com a identificação de espaço mais econômico em termos de despesas de custeio, proporcionando atender os objetivos estratégicos de garantir a sustentabilidade econômico-financeira e aprimorar a eficiência operacional”, diz o edital. 

Segundo justifica a empresa, “a situação econômica, aliada a taxas de juros historicamente baixas, impulsiona as empresas ao corte de custos e geração de receitas para manter e expandir seus negócios. Esse cenário leva as empresas a mudar a forma de gestão de seus ativos imobiliários, com a opção, por exemplo, de aluguel de prédios destinados a abrigar suas instalações, em vez de manter a posse dos imóveis”. A ideia começa na capital, mas será repetida nos estados. “Inicialmente, a prospecção será feita no mercado imobiliário de Brasília e, posteriormente, será estendida a outras regionais.”

Tanto a área como a capacidade especificadas indicam que a estatal busca um espaço menor. Segundo o Serpro, a densidade de ocupação é baixa. A procura é por imóvel com “área útil de no mínimo 6300 m2, com tolerância de 10% para mais ou para menos, entendendo-se como área útil a efetivamente utilizada pelo Serpro, excluindo-se: garagem/estacionamento, banheiros, portaria, caixa de elevadores, hall de circulação e escadas, área para as equipes de manutenção e serviços condominiais, auditório, salas multiuso e salas de treinamento”. 

Além disso, prevê capacidade para acomodar uma população fixa de aproximadamente 700 pessoas. Atualmente, trabalham na sede da estatal em Brasília 1.086 funcionários. O imóvel também deve estar localizado em até 4 km da Infovia metropolitana do Governo Federal em Brasília, “de forma a ser econômica e tecnicamente viável a efetivação da ligação”, bem como estar localizado em até 10 km da Esplanada dos Ministérios. 


Adicionalmente, deve possuir área disponível para instalação de quatro salas multiuso, quatro salas de treinamento e um auditório “a serem compartilhados com os demais usuários do local e disponibilizados mediante agendamento com pagamento por utilização”. Prevê, ainda, estacionamento privativo com no mínimo 75 vagas.

Em nota a esta Convergência Digital, o Serpro alinhou uma série de motivos que justificam o movimento: 

1) Prédios do Serpro com idade média de 40 anos, apresentando elevado custo operacional e demandando cada vez mais investimentos para assegurar níveis de segurança e funcionalidade.

2) Identificação de imóveis mais modernos e funcionais, incluindo serviços e facilidades com custo 30% inferior aos gastos atuais, com consequente eliminação de despesas de custeio logístico que podem ser direcionadas para a realização de investimentos.

3) Baixa densidade de ocupação dos imóveis (média de 14 m²/empregado, chegando a casos com 22 m²/empregado), quando o usual é 9 m²/empregado, conforme relação de área média útil por servidor estabelecida no Decreto 7.689/2012.

4) Perspectiva futura de baixa ocupação dos imóveis com a possibilidade de ampliação do trabalho remoto.

5) Estruturas de grandes dimensões, voltadas para um conceito de grandes unidades de digitação e processamento, ou mesmo de fábrica, desatualizadas com as práticas atuais.

6) Possibilidade de desmobilização de ativos com a venda das propriedades, o que resulta em obtenção de receitas extraordinárias e essenciais para a continuidade do negócio, em especial neste momento de frustração de receitas, decorrente dos cortes orçamentários impostos ao governo federal além do cenário de crise.

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