Empresas nacionais reclamam da burocracia e deixam de investir em Inovação
Um estudo inédito no Brasil, realizado pelo Instituto Eldorado, buscou avaliar o interesse das empresas em pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). O levantamento sugere que grande parte das empresas brasileiras não adota novas tecnologias.
A pesquisa apontou que mais da metade da amostra realiza P&D em TIC e dois terços já realizam algum investimento nas novas tendências do mercado. No entanto, 47% das participantes afirmaram possuir pouco ou nenhum conhecimento das novas tecnologias.
A pesquisa, que ocorreu entre outubro e novembro de 2019, foi realizada com a participação de 87 empresas. No estudo foram levantadas e validadas hipóteses sobre como a inovação aberta e tecnologias TIC estão sendo discutidas e aplicadas no mercado.
O estudo também mostrou que há uma grande oportunidade no investimento em P&DI nas empresas que faturam até R$ 500 milhões, por meio de instrumentos governamentais existentes. Aquelas que ainda não fazem uso desses recursos citam a burocracia e o desconhecimento como os principais fatores para a não utilização dos incentivos.
No quesito inovação, 58% das empresas praticam algum tipo de inovação aberta, índice que está abaixo da média global. Seus principais desafios são a gestão da mudança organizacional interna, a identificação de novas fontes de inovação e a gestão do relacionamento com as fontes de inovação externas.
Aquelas que praticam inovação aberta, em sua maioria, realizam parcerias com universidades, Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) e Institutos de Pesquisa. Segundo o estudo, entre os principais fatores de escolha de ICTs estão a infraestrutura para P&D, o know-how técnico e qualidade da solução/pesquisa.
Por fim, a pesquisa aponta ainda que para fomentar a competitividade do Brasil em inovação é necessário agir sobre diferentes pilares, acelerando o movimento de transformação. São eles:
• Aumento do entendimento dos parceiros no sistema de inovação aberta;
• Alinhamento entre oferta e demanda de inovação;
• Simplificação do acesso a recursos;
• Ampliação e simplificação do acesso a crédito para PMEs.
O estudo completo do Instituto Eldorado pode ser acessado aqui.