Telecom

Claro, TIM e Vivo se unem para comprar e fatiar a Oi Móvel

Em fato relevante, divulgado na madrugada deste sábado, 18/07, a Telefônica Brasil, dona da Vivo, informa que fará uma proposta conjunta com TIM e Claro pelo controle da Oi Móvel. De acordo com o informe, a oferta vinculante foi submetida à apreciação do Grupo Oi, e abrange “a totalidade dos ativos que constituem a “UPI de Ativos Móveis” descrita em Fato Relevante e Anexos do dia 15 de junho de 2020, pela empresa Oi S.A – Em Recuperação Judicial.

De maneira resumida, os principais ativos são: termos de autorização de uso de radiofrequência; base de clientes do Serviço Móvel Pessoal; direito de uso de espaço em imóveis e torres; elementos de rede móvel de acesso ou de núcleo; e sistemas/plataformas”, pelo qual a Oi estima receber cerca de R$ 15 bilhões. 

O valor da proposta feita pelo consórcio à Oi não foi revelada, mas ela só poderá ser analisada se o aditamento do plano de recuperação judicial da Oi for aprovado na Assembleia de Credores, ainda sem data marcada oficialmente, mas prevista para acontecer em agosto.

A decisão de Vivo, TIM e Claro se unirem por uma proposta única e ‘fatiarem’ a Oi, conforme o interesse do negócio, esbarra porém, nas declarações feitas pelo CEO da Oi, Rodrigo Abreu, quando da apresentação do aditamento da recuperação judicial. No dia 16 de junho, Abreu deixou bem claro:”Não vamos fatiar a Oi Móvel. Ela terá um único dono. A nossa ideia é obter os R$ 15 bilhões. Quem comprar vai tratar da questão do espectro com a Anatel”, reforçou o CEO da Oi Móvel.

Separadamente, cada uma das teles tiveram autorização para apresentar propostas pelos seus controladores. Não está claro no fato relevante deste sábado, 18 de julho, se o consórcio firmado entre TIM e Vivo está encerrado, a partir da, agora, proposta incluindo a Claro.


O Convergência Digital publica a íntegra do informe da Vivo, publicado na CVM:

A Telefônica Brasil S.A. (“Companhia”), na forma e para os fins da Instrução CVM nº 358/2002 (“ICVM 358”), conforme alterada, em continuidade ao Fato Relevante divulgado em 10 de março de 2020, informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que, em reunião realizada em 17 de julho de 2020, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a apresentação de oferta vinculante para aquisição do negócio móvel do Grupo Oi, em conjunto com a TIM S.A. (“TIM”) e Claro S.A. (“Claro”).

A oferta vinculante foi submetida pelas partes acima indicadas à apreciação do Grupo Oi, após a análise de dados e informações disponibilizadas a respeito do negócio a ser adquirido, destacando que a mesma é sujeita a determinadas condições, especialmente a seleção das ofertantes como “stalking horse” (“primeiro proponente”), o que lhes permitirá garantir o direito de cobrir o melhor dentre os demais lances apresentados no processo competitivo de venda do negócio móvel do Grupo Oi. No caso de aceitação da proposta apresentada e na hipótese de concretização da operação, cada uma das interessadas receberá uma parcela do referido negócio.

Esta proposta conjunta abrange a totalidade dos ativos que constituem a “UPI de Ativos Móveis” descrita em Fato Relevante e Anexos do dia 15 de junho de 2020, pela empresa Oi S.A – Em Recuperação Judicial. De maneira resumida, os principais ativos são: termos de autorização de uso de radiofrequência; base de clientes do Serviço Móvel Pessoal; direito de uso de espaço em imóveis e torres; elementos de rede móvel de acesso ou de núcleo; e sistemas/plataformas.

A perspectiva da Companhia é que, se concretizada, a transação agregará valor para nossos acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço. Além disso, contribuirá para o desenvolvimento e competitividade do setor de telecomunicações brasileiro.

A Companhia manterá seus acionistas e o mercado geral devidamente informados do andamento do processo em relação à oferta apresentada, nos termos da ICVM 358 e da legislação aplicável.

São Paulo, 18 de julho de 2020.
David Melcon Sanchez-Friera
CFO e Diretor de Relações com Investidores
Telefônica Brasil – Relações com Investidores

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