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Carreira

Home office pesou no bolso dos trabalhadores

Os funcionários que estão trabalhando de casa sentem que estão mais conectados e produtivos do que nunca, mas os dados mostram lados negativos relacionados a finanças, saúde emocional e física na força de trabalho global, revela a pesquisa “Tecnologia e o Mundo do Trabalho em Evolução” (“Technology and the Evolving World of Work, em inglês) investiga como os funcionários estão respondendo ao “novo normal” mundo afora, feita pela Lenovo.

“Os dados nos deram informações valiosas sobre a relação complexa dos funcionários com a tecnologia enquanto vida pessoal e trabalho estão mais interligadas com o aumento do trabalho remoto”, comenta Dilip Bhatia, Vice-Presidente Global de User and Customer Experience na Lenovo. “Os entrevistados se sentem mais confiantes em seus computadores corporativos e mais produtivos, mas se preocupam com segurança de dados e querem que seus empregadores invistam mais em treinamento para tecnologia”, adiciona.

O levantamento mostra que os entrevistados se sentem mais conectados aos seus dispositivos do que nunca, uma vez que o escritório pode ser em qualquer lugar onde a tecnologia está. Numericamente, 85% dos pesquisados no mundo e 89% no Brasil sentem maior confiança em seus PCs de trabalho do que sentiam quando trabalhavam no escritório. Além disso, quase dois terços (63% no mundo e 69% no Brasil) dos funcionários entrevistados sentem que são mais produtivos trabalhando de casa do que quando estavam no escritório. Cinquenta e dois por cento dos respondentes no mundo e 54% no Brasil acreditam que continuarão a trabalhar de casa mais do que trabalhavam antes da COVID-19 – mesmo quando as medidas de distanciamento social deixarem de ser necessárias.

Essa nova confiança no trabalho remoto, observa o estudo da Lenovo, aumenta a necessidade das organizações em ter soluções de TI customizáveis e modernas para serem adotadas em escala. Setenta e nove por cento dos participantes no mundo e 84% no Brasil concordam que eles têm sido a própria “pessoa da TI” enquanto trabalham de casa e a maioria dos entrevistados acredita que os empregadores devem investir mais em treinamentos de tecnologia para melhorar o home office no futuro.

Devido à mudança repentina para o sistema de home office causada pela pandemia, os funcionários dizem que eles tiveram que fazer investimentos em tecnologia com o próprio dinheiro para melhorar suas condições de trabalho. Tanto é assim que 70% dos funcionários entrevistados em todo o mundo (65% no Brasil) disseram que gastaram com tecnologia para trabalhar de casa. Quase 40% dos entrevistados (25% no Brasil) tiveram que pagar parcialmente ou integralmente pelos upgrades nos dispositivos do próprio bolso. Entrevistados no Brasil disseram ainda que gastaram em média R$ 1.027,00 (cerca de US$ 191) para atualizar ou melhorar seus equipamentos para trabalhar de casa durante a pandemia, contra média global de US$ 273 entre os 10 mercados pesquisados.


Saúde mental e física

O levantamento mostra ainda que a saúde foi afetada. Novas meios de trabalho trouxeram também novas dores. 71% dos pesquisados (74% no caso do Brasil) reclamam de novas ou agravadas condições de saúde, que incluem dores de cabeça, costas, pescoço e dificuldade para dormir, entre outras. Ter uma configuração adequada para o home office é importante para minimizar o desconforto, incluindo móveis adequados, monitores externos maiores com ajuste ergonômico e ao nível natural dos olhos. Também é importante reservar tempo para pequenas pausas, já que intervalos ocorrem de maneira diferente à do trabalho no escritório.

Além de elementos físicos, os funcionários listam outros desafios ao trabalhar de casa, como redução no contato com colegas, dificuldade em separar vida profissional e pessoal, dificuldade na concentração no expediente devido a distrações em casa. Treinamento e implementação de tecnologias de videoconferência de alta qualidade, fones de ouvido com cancelamento de ruído externo e câmeras no PC, tablet ou smartphone de trabalho podem ajudar as pessoas a se sentirem mais conectadas aos seus colegas e diminuir distrações em casa.

De modo geral, os entrevistados expressaram os mais variados sentimentos sobre trabalhar no mundo pós-COVID, com alguns funcionários que disseram estar felizes (27% global e 34% brasileiros) e empolgados (21% global e 30% brasileiros) sobre poder trabalhar de casa para sempre, alguns se sentiram neutros (22% global e brasileiros) e conflitantes (17% global e 16% brasileiros). Por esse motivo é importante oferecer flexibilidade aos funcionários e equipamentos adequados para o home office, para que eles não precisem gastar seu próprio dinheiro com melhorias tecnológicas para o trabalho.

O estudo do Lenovo Intelligent Devices Group “Tecnologia e o Mundo do Trabalho em Evolução”  explorou a perspectiva de adultos empregados em 10 mercados – Estados Unidos, Brasil, México, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, China, Índia e Japão – como um recurso para líderes de negócios e fornecedores de tecnologia em todo o mundo entenderem as necessidades dos funcionários em meio a uma mudança impactante em sua maneira de trabalhar. Entre os dias 8 e 14 de maio de 2020, foram entrevistadas 20.262 pessoas sobre sua experiência com a tecnologia no local de trabalho e o impacto do COVID-19 em suas preferências, conectividade e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

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