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Telecom

Aprovado o novo plano de aditamento de recuperação judicial da Oi

Depois de mais de 12 horas de assembleia geral de credores, o aditamento ao plano de recuperação judicial, proposto em junho, com a alienação de ativos como a operação móvel, datacenters, torres e antenas, foi aprovado no final da noite desta terça-feira, 08/09, pela maioria dos credores. Por problemas não na plataforma, como justificou a Oi, mas por falhas na conexão dos credores, a votação levou uma hora para ser concluída.

Participaram da votação 5192 votantes. A Classe trabalhista deu um percentual de aprovação de 99,86%. A classe II, de garantia real, onde está o BNDES deu aprovação de 100%. A Classe III, dos bancos, bondholders, fornecedores e outros, chamada de quirografários, deu aprovação de 96,84% por cabeça e 68,15% com relação ao valor, o menor percentual registrado na votação. A Classe IV, das microempresas aprovou o novo plano de aditamento por 99,2%.

Foram horas de intensas negociações ao longo do dia, com momentos de tensão entre a Oi e credores como bancos, que queriam adiar a Assembleia de Credores por 30 dias. Coube a Oi costurar ajustes no aditivo ao plano de recuperação judicial para fazer valer a votação. E foi um vai e volta. Questões como o leilão reverso, proposto pela Oi, entraram e saíram após as conversas com os credores.

Os ajustes, ao final, garantiram, entre outros, descontos menores aos bancos e instituições de fomento, com redução de 60% para 55% ou de 55% para 50%, além de confirmar a renegociação de valores devidos à Anatel com base na Lei 13.988/20. Outras mudanças foram acertadas e incluíram o reforço à proposta apresentada por Vivo, TIM e Claro, que poderão criar sociedades de propósito específico diferentes para facilitar a separação dos ativos da Oi Móvel, além da qualificação automática da proposta já apresentada pelas teles.

Antes da votação, Rodrigo Abreu fez um apelo: “Pelo bem de sua viabilidade, sim ao plano. De outra maneira a companhia não seria viável. Mais de 50 mil profissionais da Oi que dependem da viabilidade para olhar para o futuro. Um futuro em que a Oi volte ao lugar que nunca deveria ter saído. Só a Oi é capaz de fazer a transformação na infraestrutura do país, sem a Oi o país teria um prejuízo enorme”.


O presidente da Oi, Rodrigo Abreu, se mostrou bastante emocionado em ter tido o plano aprovado, com a aprovação expressiva favorável. ” Foi um dia de muito trabalho árduo, sério, balanceado, que sempre teve como meta trazer a companhia para a sustentabilidade. Ainda há muito trabalho pela frente, precisamos da dedicação de todo o time para fazer a companhia voltar a ser sustentável. É um primeiro passo, há muito pela frente, mas sem a aprovação não teríamos uma Oi capaz de olhar o futuro”, completou.

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