Opinião

Modelo de franquias: conectividade para além dos grandes centros

O setor de telecomunicações segue em plena expansão, com o papel das operadoras mais fortalecido do que nunca como componente fundamental da infraestrutura no mundo pós-Covid. Para melhorarmos a competitividade do país, porém, é imprescindível avançarmos na cobertura digital do país, mas essa necessidade esbarra em algumas barreiras, sendo uma das principais as nossas dimensões territoriais.

O tamanho continental do Brasil, ao mesmo tempo em que significa grandes oportunidades de crescimento, também traz o desafio de levar conectividade para as mais distintas localidades. Quem vive hoje em pequenas cidades se vê distante do desenvolvimento dos grandes centros, assim como das mudanças comportamentais que derivam dele. E, como consequência, todos saem perdendo: as comunidades, seus estados e o país.

Com o objetivo de contribuir com a expansão da conectividade, a Algar Telecom lançou, em dezembro de 2017, um modelo de negócios pioneiro e inovador tanto no segmento de telecom quanto no contexto de franquias. Tornou-se, assim, a primeira operadora a franquear sua operação de ponta a ponta, com certificação da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Sem encontrar nenhum benchmark no Brasil ou no exterior, criamos do zero esse conceito de franquia que, além de alta rentabilidade, tem um grande diferencial para outros tipos de negócios: o alto impacto social. Na prática, do primeiro atendimento ao pós-venda, o franqueado é quem faz a gestão de expansão de rede, equipe técnica, instalação e manutenção de serviços (fixo, internet, celular e TV) e gerencia toda a experiência dos clientes de varejo ou MPE (Micro e Pequenas Empresas).

Antes desse programa, não tínhamos internet com fibra em algumas localidades menores, onde ainda operávamos com banda larga em cabo de cobre. Hoje, nossos franqueados estão cobrindo 100% dessas cidades com fibra ótica. Isso significa que eles estão levando para pequenas cidades uma oferta de qualidade muito superior, com o mesmo nível de serviço que encontramos nos grandes centros – colaborando, assim, com o avanço tecnológico do país.


Além dessa contribuição para a melhoria da conectividade brasileira, vale pontuar também que levamos muito em consideração como garantir a alta rentabilidade dos franqueados. Desse modo, optamos por definir clusters compostos por mais de uma cidade, para que alcançassem pelo menos 25 mil potenciais clientes. Para cada um desses clusters, elaboramos um business plan específico (com previsão de investimentos, receitas e custos de operação), pois nenhuma região é idêntica a outra. Trabalhamos em um plano conjunto para chegar ao melhor formato de operação para todo o ecossistema.

Nesse modelo de ganha-ganha para todos os lados, temos alcançado resultados muito positivos. Principalmente nas localidades de menor porte, os franqueados vêm conquistando uma relação muito próxima com os clientes, melhorando significativamente a qualidade dos serviços, a velocidade nas respostas e a proximidade no atendimento, pois é muito diferente ser atendido por alguém que conhece muito bem a sua região.

Prova desse sucesso é que vendemos 100% dos clusters da primeira fase do projeto (13 clusters e 74 localidades) e agora estamos iniciando uma aposta na oferta para a área de expansão, com foco exclusivo em varejo, inaugurando essa nova etapa com a cidade de Sorocaba. A proposta é seguir aprendendo e evoluindo com esse modelo de negócios inovador – e que certamente contribuirá ainda mais para o crescimento das pequenas cidades, dos franqueados, da Algar Telecom e da conectividade no Brasil.

Márcio de Jesus é diretor de negócios concessão da Algar Telecom

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