Apple vai pagar R$ 600 milhões por deixar iPhones antigos mais lentos
A Apple vai pagar U$ 113 milhões, cerca de R$ 600 milhões, em acordo com 34 estados dos EUA que moveram ações contra a empresa por reduzir deliberadamente a performance de aparelhos iPhone mais antigos, sob alegação de problemas nas baterias.
Os estados alegaram que a Apple limitou o desempenho em iPhones antigos sem informar aos consumidores nem explicar por quê, o que sustentou as ações por violação às leis de proteção ao consumidor. “A Apple reteve informações sobre suas baterias que diminuíam o desempenho do iPhone, ao mesmo tempo que as passava como uma atualização”, disse o procurador-geral da Califórnia, Xavier Becerra, ao anunciar o acordo.
Em 2016 e 2017, os consumidores que usam as versões regular e Plus dos dispositivos iPhone 6, 6S, SE e 7 reclamaram que seus telefones ficaram significativamente mais lentos com o tempo. Testes de usuários descobriram que o iPhone aparentemente estava diminuindo o desempenho intencionalmente para preservar a vida da bateria ou evitar desligamentos inesperados relacionados a falhas de bateria conforme os aparelhos envelheciam.
A Apple confirmou em dezembro de 2017 que as versões mais recentes do iOS estavam de fato reduzindo intencionalmente o desempenho nesses dispositivos, mas alegou que a medida buscava evitar sobrecarregar as baterias. A empresa ofereceu aos proprietários desses telefones substituições de bateria de preço reduzido – US$ 29, em vez de US $79 – ao longo de 2018 para aliviar o problema.
No Brasil, o Procon-SP notificou a empresa americana sobre o mesmo tema quando a Apple anunciou as condições mais favoráveis para a troca das baterias.
* Com informações da Ars Technica