Mercado

Nuvem e notebooks impulsionam cresimento de 20% para Informática em 2021

Em uma previsão até supreendente, a Associação Brasileira da Indústria Eletro Eletrônica (Abinee) projeta um crescimento de 20% para a indústria de informática em 2021. Para o diretor da área na entidade, Maurício Helfer, houve uma explosão de vendas de notebooks durante o lockdown, que acelerou a produção, e segue existindo uma procura bastante interessante.

No mercado corporativo, a pandemia de Covid-19 determinou a digitalização e o uso da cloud computing e mais demanda por servidores e storage. “Há demanda reprimida para ser atendida e, por isso, pensamos em um bom ano em 2020. O mercado de gamer cresce de forma considerável e entrou na projeção, lembrando que os equipamentos para essa área são caros, a partir de R$ 7 mil”, posicionou.

As empresas do setor se mostram otimistas para 2021 e indagado sobre o porquê – já que há dúvidas com relação à economia no próximo ano – o presidente da Abinee, Humberto Barbato, disse que ‘os empresários são empreendedores e otimistas por natureza’. Disse ainda que a perspectiva de ter a vacina contra a Covid-19 no primeiro trimestre também traz alento para a recuperada da economia.

Sobre a desvalorização do Real frente ao dólar, Barbato foi taxativo: a conta da pandemia no câmbio já foi paga em 2020. “Começamos o ano com o dólar a R$ 4.00. Veio a pandemia, chegamos a quase R$ 6.00 e, agora, está em torno dos R$ 5.00. Nós na Abinee acreditamos que o dólar vá ficar nessa faixa. Não prevejo muita variação mais de preços porque todos os repasses da variação cambial já foram feitos”, reforçou Barbato.

O faturamento da indústria eletroeletrônica deve encerrar 2020 em R$ 173,4 bilhões. Apesar do crescimento nominal de 13% na comparação com 2019 (R$ 153 bilhões), o aumento real foi de apenas 1%, uma vez que a inflação do setor, segundo o Índice de Preços ao Produtor (IPP), fechou o ano em 12%.A produção industrial de bens eletroeletrônicos apresentou queda de 2% em 2020 em relação ao ano passado. Já a utilização da capacidade instalada caiu de 78% para 75% este ano. A estabilidade no faturamento e ligeira queda produção do setor em 2020 repete desempenho semelhante ao do ano passado, quando também não houve crescimento nestes indicadores.


Botão Voltar ao topo