Dados, quem sabe usar, sobrevive. Quem não sabe, fica fora da corrida!
Se tem algo que não falta para 2021, são perguntas. Quando teremos a vacina eficaz para a Covid-19? Poderemos encerrar o isolamento social? Retomaremos nossas rotinas normais? Que modelos adotados na pandemia serão mantidos e quais serão descartados? Tudo isso ainda não tem resposta. Mas o que norteará a tomada de todas estas decisões, além de muitas outras nos ambientes social, empresarial e pessoal, serão dados. E em relação aos dados, já há tendências bem evidentes.
Na realidade, sobre a análise de dados. Em se tratando de Business Intelligence, esta tecnologia estará cada vez mais integrada às gestões de negócio, tanto nos níveis de liderança geral, quanto nas áreas departamentais. Isto porque – como já viemos trabalhando aqui na BIMachine há muito tempo – o empoderamento do usuário ditará o crescimento das empresas. Isso nos leva a mostrar as tendências centrais:
Tendência 1 – Se cada setor tiver embasamento para analisar os dados especificamente referentes a suas ações, metas e resultados, terá muito mais capacidade para sugerir planos, co-decidir caminhos com a direção e avançar rumo ao ganho de produtividade e competitividade geral.
Tendência 2 – Governança de dados. Enquanto as informações só aumentam, é preciso ampliar também o controle, a governabilidade sobre elas. Venham de que fonte vierem, se a empresa for coletar e utilizar dados, terá de se responsabilizar por eles. Aí está a LGPD que não nos deixa esquecer isso, com suas novas regras e suas multas salgadíssimas previstas.Mas nem só de segurança da informação vive a questão da governança: também é preciso pensar em bom uso das mesmas. Permitir que usuários-chave acessem os dados certos para seu trabalho é a maneira mais rápida de fazer com que a análise e aplicação desta seja focada na real expansão dos negócios.
Tendência 3 – Maior uso da Inteligência Artificial. Empresas que ainda não usam atendimento via chatbots logo, logo o farão. É um caminho sem volta: os bots ficam disponíveis 24x7x365, mantendo a disponibilidade ao cliente, o que é um grande passo para atrair, fidelizar e encantar. Neste processo, a aplicação da Inteligência Artificial e da Linguagem Natural a processos de BI será um caminho lógico. Enquanto os primeiros melhoram a comunicação homem-máquina, o segundo torna esta comunicação um novo nicho de análise para fomentar o entendimento das corporações sobre seus mercados. Não por acaso, o Gartner prevê que, até o final de 2024, 75% das organizações utilizarão Inteligência Artificial, ainda que algumas delas em testes-piloto, aumentando em 5 vezes o streaming de Data & Analytics. Melhor atendimento, somado a mais poder de análise de dados, igual a incremento dos resultados finais.
Tendência 4 – Aplicações pré-prontas. Adoção do BI rápida, prática e focada no que realmente interessa em primeira mão. É nesta linha que caminham as aplicações pré-prontas, criadas em alinhamento a demandas comuns a muitas empresas, sejam elas de que segmento forem, que podem ser adotadas em app stores dos fabricantes de BI e têm roll out muito ágil.
Tendência 5 – Trabalho conjunto. Também conforme o Gartner, o presente (e, ainda mais, o futuro) não tem mais espaço para o trabalho e a tomada de decisões em silos. Será preciso que os líderes de negócio ouçam mais as áreas, definindo ações e projetos em conjunto com a inteligência de cada departamento. De fato, a previsão da consultoria global é de que, até 2023, mais de 33% das empresas tenham aplicado a seus cotidianos a chamada Decision Inteligence – nada mais do que inteligência de decisão, que reúne pessoas, áreas, processos, modelos e dados para alinhar o melhor a ser feito a cada momento.
A certeza geral é de que os dados seguirão abundantes, crescentes, e muito úteis. Para quem souber usar, é claro. Para os demais, a corrida já está perdida. Não dar o passo à frente, adotando uma cultura data driven bem embasada, com alicerce em ferramentas profissionais de reconhecida expertise, será assinar a própria carta de saída do mercado.
*Douglas Scheibler é CEO da BIMachine