Funcionários decretam estado de greve contra fim da produção de celulares da LG
Trabalhadores da LG no Brasil entraram em ‘estado de greve’ enquanto aguardam uma posição da empresa no país sobre o destino dos empregados que atuam na produção de aparelhos telefônicos, diante da decisão de encerrar a fabricação de celulares, confirmada em comunicado da direção global da empresa nesta segunda, 5/4.
No mundo, a LG vem perdendo participação há uma década e neste março de 2021 detém cerca de 1,6% do mercado global – segundo o Financial Times, a fabricante coreana registrou perdas cumulativas de quase US$ 4,5 bilhões nos últimos cinco anos.
O desempenho da empresa no Brasil é bem melhor, com cerca de 6,5% do mercado de aparelhos celulares no país. A empresa informou que continuará a vender aparelhos até que o estoque termine e fornecerá suporte por algum tempo, a depender da região.
Segundo a sede, o destino dos empregados na fabricação de celulares será definido em nível local. Mas ainda não há decisão sobre a parte dos empregados que atua na fábrica de Taubaté (SP) – dos 1,4 mil dessa unidade, 400 trabalham na produção de smartphones. Outra fábrica, em Manaus, não será afetada.
“Na primeira reunião [em 30/3], os representantes da empresa nos mostraram três cenários: a possibilidade de fechamento, reestruturação e venda do setor”, diz o presidente do Sindmetau, Cláudio Batista. Uma nova reunião com a direção da LG em Taubaté será realizada nesta semana.
