Empresa de call center dá calote em 8 mil trabalhadores. Vivo rompe contrato
ATUALIZADA –Os cerca de 2800 trabalhadores da Vikstar, empresa de call center terceirizada que presta serviço para a Telefônica Vivo no Piauí, estão de braços cruzados desde esta segunda-feira, 12/04, por falta de pagamento de salários e de passivos trabalhistas.
“Os funcionários estão sem receber há três meses. A Vikstar alegou que era falta de pagamento da Vivo. Se a Vivo diz ter pago, então pedimos à Vivo que não pague mais e assuma o call center. Os funcionários são a Vivo no Piauí. Precisamos receber e manter os postos de trabalhos”, disse ao Convergência Digital, João Moura Neto, presidente do Sindicato dos trabalhadores em telecomunicações do Piauí (Sinttel-PI) e da Federação interestadual dos trabalhadores e pesquisadores em serviços de telecomunicações (Fibratel).
Segundo ele, o problema se repete no Paraná e em São Paulo e atinge, com o Piauí, cerca de oito mil trabalhadores. No mercado, os rumores são que a Vikstar passa por problemas sérios financeiros. Apenas no Piauí, são mais de 25 processos trabalhistas correndo na Justiça. O Convergência Digital procurou a Vikstar, mas a assessoria de Imprensa informou que a companhia prefere não falar.
A Vivo informou que “efetuou pagamentos à Vikstar com base no contrato de prestação de serviços terceirizados de call center, que foram inclusive antecipados à empresa. A Telefônica tem uma postura consciente e responsável e cumpre à risca os compromissos assumidos com seus fornecedores”.
E, agora, no final da tarde, encaminhou outro comunicado onde informa que “o contrato de prestação de serviços com a Vikstar, empresa de serviços terceirizados de call center, foi encerrado por questões relacionadas à deterioração financeira da Vikstar, que poderiam afetar a operação e qualidade do atendimento aos clientes da Telefônica”.
A operadora sustenta ainda que para evitar qualquer impacto, o atendimento aos clientes da Telefônica seguirá normalmente a partir de outras posições de call center próprios e de terceiros. Termina afirmando que buscará contribuir na realocação dos funcionários da Vikstar, indicando-os para eventual aproveitamento por outros fornecedores.