Segurança

Banco Central descarta brecha de segurança no Pix e adverte contra golpes

Não houve falha no Pix ou por causa dele, como uma brecha de segurança, mas, sim, golpes antigos usando a nova modalidade de pagamentos. Essa foi a tônica do debate ao vivo realizado nesta sexta-feira, 30/04, pelo Banco Central no YouTube para encerrar a campanha “O Pix é novo, mas os golpes são antigos”. A iniciativa, que contou com o apoio da Abranet, reuniu o Banco Central e as instituições participantes do novo meio de pagamento, com objetivo de proteger os usuários contra as fraudes mais comuns envolvendo o Pix e também para consolidar uma cultura de segurança digital. 

Durante o painel, os especialistas ressaltaram que o fraudador sempre vai usar o contexto social e por isso é importante manter-se alerta. “Em situações de medo ou ganância, pare e pense no contexto e se faz sentido. E tome domínio da situação”, destacou Carlos Eduardo Brandt, do Banco Central. 

Além de Brandt, o painel contou com a participação de Caio Moreira Fernandes, do Banco Central; Victor Machado, representante do GT-SEGURANÇA; Ricardo Leocadio, representante do GT-SEG, e Alê Borba, do Google, com mediação de Eduardo Daniel de Souza, do Banco Central.

Entre os principais golpes estão o pedido pelo dinheiro por aplicativo de mensagem, como quando o app (WhatsApp ou Telegram, por exemplo) de um amigo ou familiar é clonado e o golpista envia mensagens para você pedindo que transfira ou faça Pix de um valor para conta de outra pessoa. A recomendação é nunca transferir dinheiro a pedido de amigos ou parentes em função dessas mensagens, principalmente para conta de outras pessoas. O ideal é telefonar antes para a pessoa para confirmar se ela realmente fez o pedido.

Os golpistas também usam SMS, e-mail ou ligação pedindo atualização cadastral com link que leva para uma página falsa da instituição na internet. Nesse momento, o golpista consegue clonar a conta e transfere valores da sua conta para a de outras pessoas, usando Pix ou outro tipo de transferência. 


Loja virtual falsa (por exemplo, com URL que se parece com original, mas pode ter nome com uma letra trocada) oferecendo produtos e serviços em condições supervantajosas também é um mecanismo usado por golpistas, que depois que se faz a transferência para o falso vendedor ou leiloeiro não se recebe os produtos como prometido. Tentar navegar no site foi uma dica passada por Borba para verificar se o site é verdadeiro.

Com relação exatamente ao Pix, os painelistas advertiram para a necessidade de conferir os dados de quem vai receber a transferência e se condiz com o tipo de pagamento. O Pix conquistou os brasileiros. Este ano, as transações por meio do Pix já são cinco vezes maiores do que as TEDs.  De acordo com dados do BC de janeiro, foram realizadas 292.986.727 operações com o uso do Pix neste ano, número mais de 450% superior às 53.202.010 TEDs feitos no mesmo período.

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